'Concessão da água em Cuiabá' , candidatos a prefeito tem pontos de vista diferentes

um ponto que evidencia os posicionamentos dos candidatos é a concessão dos serviços de água e esgotamento na capital. Lúdio Cabral (PT), Procurador Mauro (Psol) e Adolfo Grassi (PPL) prometem reverter o processo, mas Mauro Mendes (PSB), Guilherme Maluf (PSDB) e Carlos Brito (PSD) garantem que manterão a concessão, com a promessa de “fiscalizar muito” o serviço prestado.



Nas entrevistas e discursos, percebe-se uma predileção dos candidatos por propostas mais voltadas às questões sociais. Essa tendência se repete em outras disputas até mesmo como uma consequência natural do atual momento político pós-Lula no Brasil. 

Em Cuiabá, todos os postulantes se apresentam como “uma alternativa” e com atenção voltada ao “social”, sugerindo um posicionamento de esquerda ou centro-esquerda. O entendimento sobre o controle público ou privado na gestão dos recursos naturais – neste caso, a água – revela, entretanto, em que “trincheira”, cada candidato se coloca.

As justificativas para manter ou acabar com a concessão são muitos. O empresário Mauro Mendes diz, por exemplo, que foi contra a maneira com a qual a concessão foi feita, mas que manterá o contrato.

Briga Jurídica
“O cidadão não está preocupado se a Sanecap é pública ou é privada, ele está preocupado se tem água na casa dele”, argumenta o peessebista. “Porque tanto faz se ela é pública ou privada, que ela venha com qualidade e com bom preço”, completa. “Se eu for tentar cancelar essa concessão, eu vou abrir uma briga jurídica por anos e o grande perdedor vai ser a população de Cuiabá”, finaliza.

Já o petista Lúdio Cabral que foi ferrenho crítico à concessão enquanto vereador por Cuiabá garante que a tese de Mendes sobre o impasse jurídico não procede. “Aconselho a todos os candidatos que leiam a legislação federal que trata de concessões públicas e que tomem conhecimento de todo o processo de privatização que houve em Cuiabá, que leiam inclusive o contrato assinado com a CAB para verificar que há com tranquilidade as condições para a retomada do serviço”, afirmou.

“A solução deste problema é responsabilidade do prefeito e os candidatos que por ventura se preocuparem com a CAB [empresa concessionária], estão se esquecendo da população. O prefeito não pode ficar de braços cruzados esperando essa solução do problema”, argumenta Cabral.

Empresa estatal x empresa pública
Outro pilar que sustenta a tese da concessão é o argumento de que empresas estatais são ineficientes se comparadas à dinâmica capitalista da iniciativa privada. “Temos no Brasil diversos exemplos de empresas estatais que são consideradas empresas de ponta, como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e a Petrobrás”, opina o Procurador Mauro contra o argumento.

Já o empresário Mauro Mendes usa o exemplo da telefonia para defender a iniciativa privada. “Antes, para você ter um celular, você tinha que pagar mais de R$ 2 mil na linha e usar sua influência para passar na frente na fila, mas depois que passou para a iniciativa privada as coisas melhoraram. Hoje todo mundo tem celular”, diz.

Este argumento também é rechaçado pelo Procurado Mauro. “A telefonia melhorou na esteira da revolução tecnológica e não necessariamente por causa da privatização. Ela melhorou no mundo inteiro e isso refletiu aqui. Hoje, todo mundo tem celular, mas as reclamações sobre o serviço prestado no Brasil são líderes no mundo”, contrapõe. “Os serviços de coleta de lixo e de transporte público em Cuiabá também estão com a iniciativa privada e nem por isso são bons”, completa.

fonte:olhardireto

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