Celestino critica tentativa de impugnação de Faiad

Candidato questiona o fato de o MPE não ter impugnado Mauro Mendes

MidiaNews/Reprodução

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João Celestino defende Faiad e critica MPE por não impugnar Mauro Mendes

LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO

O candidato a vice-prefeito de Cuiabá João Celestino (DEM), que integra a chapa encabeçada por Guilherme Maluf (PSDB), saiu em defesa de seu adversário Francisco Faiad (PMDB), que candidato a vice-prefeito de Lúdio Cabral (PT).

A candidatura de Faiad foi alvo de uma tentativa impugnação por parte da coligação “Um novo caminho para Cuiabá”, que tem como candidato a prefeito o empresário Mauro Mendes (PSB).

A alegação é de que, embora Faiad tenha se afastado oficialmente de suas funções na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ele teria viajado para Brasília, na semana passada, na condição de conselheiro federal da entidade.

Celestino, que também é advogado e pertence a um grupo dentro da OAB que faz oposição ao grupo de Faiad, acredita que não há embasamento suficiente para a impugnação do adversário.

“Existem situações concretas, em que foi possível conselheiros serem candidatos, sem respeitar o prazo de desincompatibilização. Então, se dependesse de nós, não haveria nenhuma impugnação”, afirmou.

“É uma discussão jurídica, mas, sinceramente, nosso partido entendeu que não seria prudente fazer esse embate porque não há segurança sobre essa questão. Então, não vamos entrar em discussões etéreas”, afirmou.

Dois pesos e duas medidas

O advogado também criticou a atuação do Ministério Público Estadual (MPE), que impugnou as candidaturas de vereadores que tiveram as contas de campanha rejeitadas.

“O que eu não entendo, com toda a sinceridade, é que o MPE promoveu a impugnação de vários vereadores que tiveram contas eleitorais prestadas, mas desaprovadas de 2008. E, até onde eu tenho conhecimento, as contas do senhor Mauro Mendes de 2008 foram reprovadas. Por que ele não foi impugnado?”, questionou Celestino.

O candidato ressaltou que não está cobrando que Mendes seja impugnado, mas sim questionando o tratamento diferenciado dado a ele.

“Eu não estou dizendo que o MPE tenha razão em impugnar, acho até que não tem, porque existe uma resolução do TSE no sentido de que mesmo quem tem conta reprovada em 2008 pode ser candidato”, disse.