Carlos Brito critica VLT e diz que Cuiabá não precisa de obras faraônicas

Brito ainda ganhou apoio de Mauro Mendes nas críticas ao VLT. O socialista lembrou que os ônibus estão em situação precária.

ALLINE MARQUES
O candidato Carlos Brito, que disputa a Prefeitura Cuiabá pelo PSD, aproveitou o evento que debatia legado social para a Copa do Mundo de 2014 para voltar a criticar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), fato que gerou sua saída da extinta Agência Executora de Projetos da Copa do Mundo (Agecopa). Ele ainda disse que Cuiabá não precisa de obras faraônicas e caras. O discurso foi reforçado por outro candidato: Mauro Mendes (PSB) que também criticou a falta de atuação da prefeitura.
Brito deixou a Agecopa após embate com o ex-presidente Eder Moraes por defender a implantação do corredor de ônibus na capital, porém, após seu discurso o candidato preferiu não polemizar sobre o fato. “Não discuto mais o VLT, ele já está decidido, contudo faltam respostas sobre o sistema de transporte e é isso que estou cobrando”, afirmou em entrevista ao HiperNotícias após o evento realizado na manhã desta terça-feira na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea).

Mayke Toscano/HiperNotícias
                          Carlos Brito e Mauro Mendes criticaram investimento no VLT durante evento sobre legado da Copa
O evento pautado sobre o legado social da Copa foi perfeito para que Brito destacasse que até o momento o governo não respondeu à sociedade sobre o preço da tarifa, para saber se o modal será acessível à população carente. Ele destacou ainda que caso essa tarifa seja subsidiada é preciso saber quem irá pagar.
Outro ponto questionado por Brito é como será feita a integração entre o VLT e os outros modais de transporte e ainda se haverá compensação econômica às empresas de ônibus que perderão os principais corredores. O VLT irá passar pela Avenida da FEB, Fernando Corrêa, Prainha e do CPA. Em tese, os ônibus deverão ficar para fazer a ligação com os bairros, porém, segundo Brito, isto ainda não oficialmente esclarecido pelo governo.
Brito questionou ainda o investimento feito no VLT e a falta de atenção nas áreas de saúde, educação, cultura, esporte e lazer. “Não vou entrar no mérito do assunto, mas o que foi feito nestas outras áreas?”, indagou.
Mayke Toscano/HiperNotícias
Brito deixou a Agecopa após brigar com Eder Moraes por defender o BRT e aproveitou para cobrar informações sobre o VLT em Cuiabá
Para o candidato a cidade não precisa de obras faraônicas, mas de ações e vontade política. “Temos que fazer as ações chegarem nos bairros, para isso é necessário otimizar os recursos. É possível encontrar soluções para as demandas com baixo custo, basta decisão e vontade política. Com o dinheiro de uma praça, as vezes é possível fazer três ou quatro”, afirmou o social-democrata.
Mendes reforçou o coro de Brito e criticou os investimentos de R$ 1,2 bilhão no VLT e de R$ 500 milhões no estádio. Ele lembrou que enquanto isso os ônibus estão em situação precária e muitos sem ar condicionado, além dos ginásios e quadras estarem abandonados. O socialista ressaltou ainda que o maior legado que a Copa poderá deixar para a sociedade é a educação e o exemplo. Ele destacou ainda que a Prefeitura de Cuiabá ficou ausente de todo o processo da Copa. "Até parece que a Copa não é aqui", declarou.
Os dois candidatos assinaram termos de compromisso com entidades nacionais e locais nas áreas de esporte, transparência da gestão e desenvolvimento sustentável.

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