Os pais da criança foram espancados por populares suspeitos de praticarem maus-tratos contra o filho; eles são usuário de crack
Jucimara de Pauda
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Dois adolescentes de 18 anos foram vítimas de uma tentativa de linchamento por populares da Vila Tibério, suspeitos de terem praticado maus-tratos que teriam causado a morte do filho deles, um menino de oito meses, ocorrida no sábado (2).
"Meu filho foi linchado injustamente. Ele não consegue nem abrir os olhos porque apanhou muito. As pessoas bateram nele e na mulher porque acharam que eles eram os culpados da morte do filho, mas isto não é verdade", diz a avó paterna da criança.
No entanto, no sábado, por volta das 20 horas, ela e a avó materna da criança compareceram ao 2º Plantão Policial para registrar Boletim de Ocorrência contra os próprios filhos.
O caso foi registrado pelo delegado Luiz Geraldo Dias como lesão corporal seguida de morte. Consta no documento que os pais da criança seriam viciados em crack e residiriam nos escombros do que restou da favela do Brejo.
Ainda de acordo com o BO, há um mês o bebê teria sofrido queda acidental e ficado ferido na cabeça. Ele teria sido encaminhado para Unidade Básica Distrital de Saúde do Sumarezinho onde teria recebido os cuidados médicos.
O delegado escreveu no BO que as avós contaram na delegacia que o quadro da criança se agravou no dia 31 de maio, por causa do ferimento na cabeça e por isto os pais a levaram novamente na UBDS do Sumarezinho onde ela morreu.
Para Dias, "há fortes indícios de omissão, culpa pelos fatos ocorridos dos seus próprios genitores, especialmente porque são altamente viciados em drogas, desta forma registramos os fatos para apuração de eventual lesão corporal seguida de morte".
Nova versão
Ontem, 12 horas após registrarem o boletim de ocorrência, a versão das avós era outra. Agora, após os filhos terem sido espancados, elas acreditam que o bebê morreu de pneumonia e não por negligência dos pais. "No atestado de óbito consta que o meu neto morreu de pneumonia e de uma bactéria e não porque caiu e machucou a cabeça", diz a avó paterna da criança.
Ela pretende levar o filho para Miguelópolis onde reside e bancar para ele um tratamento contra as drogas. A avó materna da criança também está em dúvidas a respeito da morte do neto.
"Meu genro e minha filha apanharam sem dever. Quase morreram. Quase que enterramos os dois também. Vou esperar o laudo que sai daqui 60 dias para saber o que aconteceu de verdade com meu neto que era gordo, saudável e alegre. Quero apenas justiça."
O caso agora será investigado pela DDM (Delegacia da Defesa da Mulher) comandada pela delegada Maria Beatriz Moura Campos.






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