Fonte: Só Notícias com assessoria
Operação de combate a exploração sexual de mulheres e adolescentes foi deflagrada, esta manhã, em Barra do Garças e Aragarças, no Estado de Goiás, pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso. As investigações da operação denominada "Boneca de Pano", comandadas pela Delegacia Municipal de Barra do Garças e Delegacia da Mulher, com apoio do núcleo de inteligência da Regional, iniciaram em novembro de 2011.
Dois mandados de prisão foram cumpridos contra um agenciador e um cliente, além da condução coercitiva de cerca de 40 pessoas conduzidas à Delegacia para prestarem esclarecimentos. Mais de trinta policiais civis, sob o comando do delegado Adilson Gonçalves de Macedo, também cumpriram dois mandados de busca e apreensão em duas residências. As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Barra do Garças.
Dois mandados de prisão foram cumpridos contra um agenciador e um cliente, além da condução coercitiva de cerca de 40 pessoas conduzidas à Delegacia para prestarem esclarecimentos. Mais de trinta policiais civis, sob o comando do delegado Adilson Gonçalves de Macedo, também cumpriram dois mandados de busca e apreensão em duas residências. As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Barra do Garças.
Um taxista, 33 anos, é apontado nas investigações como o agenciador de diversos programas envolvendo mulheres e adolescente. O taxista foi preso por mandado de prisão preventiva. Também foi preso um cliente por estupro de vulnerável de uma adolescente de 13 anos. O acusado é empresário na cidade e foi preso por mandado de prisão temporária (30 dias).
Durante as investigações, a Polícia Civil comprovou que o taxista gerenciava um grupo de aproximadamente 60 mulheres, dentre elas, adolescentes com menos de 14 anos. O investigado recrutava garotas de bairros periféricos da cidade, com baixo poder aquisitivo e sob o argumento de ganhar dinheiro fácil, convencia a fazer "programas sexuais" e depois ficava com a maior parte do dinheiro. De acordo com as investigações, cada programa ficava em cerca de R$ 150, mais R$ 20 da corrida do táxi. As garotas ficavam com no máximo R$ 100.
A Polícia Civil confirmou que as meninas estavam ligadas financeiramente ao taxista. Algumas delas pediam dinheiro ao taxista ao mesmo para quitar despesas escolares e até aquisição de remédios para interromper o período menstrual.
Ao oferecer aos clientes interessados em sexo mediante pagamento, o investigado se fazia entender por meio de códigos, onde dizia ter um ""rebanho" com novilhas de 13 e 15 arrobas e que já estavam prontas para o abate", referindo-se as garotas menores de idade.
Nas investigações, os policiais constataram que o taxista tinha contatos com aliciadores de outros Estados, além de livre acesso em hotéis, motéis e pousadas de Barra do Garças e Aragarças (GO). "Há dados suficientes comprovando que o investigado controlava uma rede de prostituição onde cada pessoa tinha uma função específica no grupo e todos recebiam pela intermediação dos programas amorosos", disse um dos investigadores que participou das investigações.
O nome "Boneca de Pano" é referência a uma das garotas exploradas sexualmente que, em uma tarde de sábado, foi deixada pelo taxista na BR-070, puxando uma mala em uma das mãos e segurando um ursinho de pelúcia na outra. A adolescente tem apenas 13 anos de idade.
A operação coordenada pela Polícia Judiciária Civil, através dos delegados Adilson Gonçalves e Débora Cardoso, além do caráter repressivo, conta com o caráter educativo e preventivo objetivando alcançar pais, professores e adolescentes da nossa cidade e região estimulando a Sociedade a denunciar casos de abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes, bem como, com a diminuição destas práticas ilícitas.
(Atualizada às 11h30)
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