Mução não aparece para coletiva, mas divulga nota aos fãs

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Estiveram na coletiva apenas o empresário, João Marcelo Pires; e os advogados Waldir Xavier e Bruno Coelho da Silveira
Foto: Amanda Miranda/NE10

Do NE10
Apenas os dois advogados e o empresário de Rodrigo Vieira Emerenciano, Mução, apareceram para a entrevista coletiva convocada para a tarde deste sábado (30). O humorista e radialista enviou somente uma nota aos fãs. Outra mensagem será transmitida ao público no programa desta segunda-feira (2).
Confira a nota na íntegra:
"Aliviado com o desfecho judicial que reconheceu a minha absoluta inocência em relação às graves acusações que me foram injustamente impitadas, venho a público agradecer aos meus fãs, espalhados por todo o mundo, pelo apoio irrestrito e a confiança na minha palavra.

Da mesma forma, gostaria de firmar agradecimento à imprensa que agiu com prudência e esperou a elucidação dos fatos; e aos meus patrocinadores e afiliados que em nenhum momento retiraram seu apoio profissional e pessoal.

Por fim, reitero o meu repúdio a qualquer conduta voltada à inaceitável prática de pornografia e pedofilia.

Recife-PE, 30 de junho de 2012.
Rodrigo Vieira Emerenciano"

Mução foi detido no bairro de Meireles, em Fortaleza, nessa quinta-feira (28) acusado de divulgar de material pornográfico infantil na internet. As imagens de sexo explícito envolviam crianças, adolescentes e até bebês.

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Na sexta-feira (29), foi encaminhado à sede da Polícia Federal no Recife, onde as investigações foram iniciadas, para prestar esclarecimentos sobre o caso. No final do dia, delegados da PF informaram que o irmão do radialista, Bruno Vieira Emerenciano, confessou ter utilizado login e senha dele para divulgar as imagens.

Bruno é engenheiro de computação e responsável pela empresa do radialista, a produtora BJM. Segundo o advogado de Mução em Fortaleza, Waldir Xavoer, várias pessoas tinham acesso às senhas dele. [VEJA OS VÍDEOS]


A defesa de Mução aproveitou a entrevista para alertar as pessoas sobre os riscos do compartilhamento de senhas e do uso de redes de internet sem fio. "É muito bom que isso seja noticiado para que as pessoas tomem conhecimento sobre o perigo que estão correndo", afirmou o advogado do comunicador no Recife, Bruno Coelho da Silveira.

A HORA DO MUÇÃO - O atual empresário de Mução, João Marcelo Pires, também esteve na entrevista coletiva e confirmou a transmissão do seu programa, A Hora do Mução, na próxima segunda-feira (2), às 17h. Ainda não se sabe, no entanto, se o programa será feito em Fortaleza ou no Recife. Não há impedimentos legais para que ele deixe a capital pernambucana.

BRUNO - De acordo com os advogados do radialista, ele ficou chocado no momento em que descobriu a possível participação do irmão no crime. Neste sábado, ele descansa no Recife e ainda não decidiu quais serão os procedimentos adotados na empresa.

A outra irmã de Rodrigo, Renata Vieira Emerenciano, também trabalha na BJM. Segundo o empresário do humorista, depois de sofrer um golpe de um produtor há alguns anos, ele, que é divorciado e tem um filho de 7 anos, preferiu rodear-se da família.

A defesa do radialista prefere não falar sobre a prisão de Bruno. Segundo os advogados, não seria ético, já que há certo conflito de interesses. "Como poderíamos dizer que o Rodrigo é inocente e defender o irmão dele ao mesmo tempo?", questionou Xavier. Os advogados de Bruno Vieira Emerenciano ainda não se posicionaram.

JUSTIFICATIVA - Uma das justificativas para a ausência de Mução foi a sua reabilitação física e emocional. No entanto, segundo os advogados, o maior motivo foi o fato de o seu personagem estar na imaginação popular. [VEJA O VÍDEO]
OPERAÇÃO - As prisões fazem parte da Operação Dirty-Net, da Polícia Federal, que foi deflagrada na quinta em 11 estados brasileiros, além do Distrito Federal, para cumprir 50 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão. Segundo a PF, integrantes do grupo trocavam arquivos contendo cenas degradantes de adolescentes, crianças e até bebês em contexto de abuso sexual.

Mesmo com a prisão revogada, Mução ainda será alvo da investigação da PF. Segundo os advogados, os objetos apreendidos (iPhone, tablet e computador) ainda estão com a polícia e ainda serão analisados. "Esse é um procedimento que compete a eles (aos policiais federais), mas não vejo mais o que ser investigado em relação ao Rodrigo, porque tudo já foi esclarecido", disse Waldir Xavier.

Se condenados, os presos podem ter pena de 4 a 10 anos de reclusão, pela Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), que criminaliza quem “possuir ou disponibilizar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”.

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