PEDOFILIA MT: Prefeito de Sebastião Barros tem 2ª condenação por pedofilia

O Tribunal de Justiça do Piauí condenou a oito anos de prisão o prefeito de Sebastião Barros, Geraldo Eustáquio Mineiro, acusado de molestar sexualmente duas meninas de aproximadamente 10 anos de idade no ano de 2009, uma das quais estava com leucemia.

Geraldo Mineiro era filiado ao PT, mas foi expulso da sigla em março deste ano, por infidelidade partidária.

As duas garotas assediadas eram de Sebastião Barros e de Corrente. Nos dois casos o gestor desfrutava da confiança dos familiares das vítimas.

Nesta quarta-feira Geraldo Mineiro foi condenado no segundo processo. Por isso o TJ-PI decidiu que a pena de oito anos de reclusão deverá ser cumprida em regime semi-aberto.

A primeira condenação ocorreu em outubro deste ano e também foi imposta uma pena de oito anos de prisão. Contudo, os advogados do prefeito asseguraram o direito do réu de responder em liberdade.

As duas sentenças - a desta quarta-feira e a de outubro - foram expedidas pela 2ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal, presidida pelo desembargador Erivan José da Silva Lopes, e composta por mais dois desembargadores - Sebastião Ribeiro Martins e Joaquim Dias de Santana Filho, que relatou as duas ações contra o prefeito. "O réu havia sido condenado a oito anos em outra ação da mesma natureza, mas respondia em liberdade. Como esta é a segunda condenação, foi determinado o regime semi-aberto", explicou o desembargador Erivan Lopes.

Interpelado pela reportagem d'O DIA sobre a possibilidade de o prefeito continuar chefiando o poder Executivo do município de Sebastião Barros, o magistrado deu uma resposta categórica: "Só se ele conseguir despachar da cadeia", afirmou Erivan.

A prisão do prefeito deve ser efetuada assim que o acórdão for divulgado no Diário da Justiça. De acordo com o desembargador Sebastião Martins, o gestor só não será preso caso consiga o deferimento de um Habeas Corpus no Superior Tribunal de Justiça.

Caso Geraldo Mineiro vá, de fato, para a cadeia, o vice-prefeito deve assumir o comando da Prefeitura de Sebastião Barros, tendo em vista que na cidade não há presídio, o que torna inviável para o prefeito continuar administrando o município, mesmo podendo sair da prisão no turno da noite. A Penitenciária Regional Dom Abel Alonso Núnes, em Bom Jesus, é a unidade penal mais próxima da cidade de Sebastião Barros, e fica a aproximadamente 260 km de distância.

Em julho de 2009, ano em que os crimes ocorreram, senadores da CPI da Pedofilia vieram ao Piauí para investigar as denúncias de pedofilia contra o prefeito piauiense. À época, o caso repercutiu nacionalmente.