Dois padres e um monsenhor acusados de pedofilia foram condenados nesta segunda-feira a 21 anos de prisão pelo juiz da Vara da Infância e da Juventude da cidade de Arapiraca, no agreste alagoano.
O monsenhor Luiz Marques, 83 anos, e os padres Raimundo Gomes e Edilson Duarte respondem ao processo em liberdade e só serão presos após o trânsito em julgado da ação. Marques ainda terá de pagar multa de 30 salários mínimos. A defesa tem cinco dias para recorrer da decisão.
O julgamento começou em junho e foi adiado várias vezes. Os réus são acusados de atentar violentamente contra três coroinhas. As orgias eram pagas com dinheiro do dízimo. A denúncia foi oferecida em março de 2010 pelo Ministério Público.
Em abril, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia esteve em Arapiraca, ouviu religiosos e coroinhas e determinou a prisão do monsenhor Luiz Marques por entender que ele tentava fugir do País.
Na denúncia, o MP afirma que "aproveitando-se da qualidade de sacerdote, os denunciados aproximaram-se das vítimas, coroinhas à época, que tinham entre 12 e 17 anos, com o intuito de satisfazer seus desejos sexuais. Para conseguir o intento, constrangiam os jovens utilizando-se da confiança que desfrutavam, ofereciam vantagens econômicas e, ainda, intimidavam aqueles para que não revelassem os encontros sexuais ocorridos com frequência".
Alguns dos encontros ocorriam na concatedral de Arapiraca, a principal igreja da cidade do interior alagoano. O caso ficou conhecido em 2010, quando o SBT exibiu vídeos mostrando as relações sexuais dos católicos com os adolescentes. A repercussão foi tanta que, em março do ano passado, o Vaticano reconheceu os casos de exploração sexual.
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