Em discurso nesta terça-feira (26), o senador Ivo Cassol (PP-RO) acusou o procurador Reginaldo Trindade de usar o Ministério Público Federal de Rondônia “em benefício próprio” de maneira corporativista. Conforme afirmou o senador, gravação de vídeo mostra o procurador admitindo ser complacente com a exploração ilegal de madeira e diamantes em terras indígenas.
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Cassol acusa procurador em Rondônia de ser conivente com exploração ilegal de reserva indígena
Em discurso nesta terça-feira (26), o senador Ivo Cassol (PP-RO) acusou o procurador Reginaldo Trindade de usar o Ministério Público Federal de Rondônia “em benefício próprio” de maneira corporativista. Conforme afirmou o senador, gravação de vídeo mostra o procurador admitindo ser complacente com a exploração ilegal de madeira e diamantes em terras indígenas.
Cassol leu trechos das declarações do procurador na reunião, que teria sido gravada em vídeo pelos índios Suruí, e em que teria sido dado o aval do procurado para a retirada de madeira ilegal daquela área indígena.
Ivo Cassol acrescentou que quem sofreu o desgaste público, em nível mundial, como depredador da natureza, foi ele, que era governador do estado de Rondônia, e que levava a culpa "pela inoperância, pela complacência, pela participação, pela conivência do Ministério Público Federal do estado".
O senador disse que depois de apresentar essa denúncia na Corregedoria Nacional do Ministério Público, foi surpreendido por uma denúncia-crime segundo a qual ele estaria caluniando o procurador. Cassol acusou o procurador de persegui-lo.
Além disso, na semana retrasada, segundo informou Cassol, o Ministério Público Federal de Rondônia o processou por improbidade administrativa, acusado-o de “embaraçar, desmerecer e desacreditar os trabalhos dos membros do Ministério Público e da Polícia Federal”.
Cassol mostrou da tribuna um memorando da Fundação Nacional do Índio (Funai) datado de 15 de setembro de 2005 que comprovaria as ilegalidades em terras indígenas. O senador cobrou providência do procurador-geral da República, Roberto Gurgel.”Foi o procurador-geral que participou da reunião. Os índios o gravaram e disseram para ele que poderiam denunciá-lo, mas que não iriam denunciá-lo. E ele falou que sabia até da extração ilegal de diamantes, onde morreram 29 garimpeiros, onde continua até agora a extração ilegal. E ai ele falou que não podia fazer nada” - disse Cassol.
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