O Fórum de Direitos Humanos e da Terra de Mato Grosso exigiu do governador Silval Barbosa (PMDB) a imediata exoneração da secretária de Estado de Cultura, Janete Riva (PSD). O requerimento foi apresentado por meio de nota de repúdio que ressalta a inclusão do nome da social-democrata na “lista suja do trabalho escravo”.
“Não podemos admitir e aceitar que o estado de Mato Grosso, reconhecido nacional e internacionalmente na luta contra o trabalho escravo, tenha como secretária alguém que já foi flagrada praticando o crime. Isto é, no mínimo, um contra senso, senão uma afronta aos que lutam para erradicar essa chaga”, diz trecho do documento.
“Não podemos admitir e aceitar que o estado de Mato Grosso, reconhecido nacional e internacionalmente na luta contra o trabalho escravo, tenha como secretária alguém que já foi flagrada praticando o crime. Isto é, no mínimo, um contra senso, senão uma afronta aos que lutam para erradicar essa chaga”, diz trecho do documento.
Os integrantes do fórum destacam que, em 2010, uma equipe de fiscalização composta por membro do Ministério do Trabalho e Emprego e do Ministério Público do Trabalho encontrou sete pessoas trabalhando em condições análogas à escravidão em uma fazenda de Janete.
O fato resultou na inclusão, em julho de 2012, do nome da secretária na lista que contém 408 empresas flagradas cometendo o mesmo crime. Pelo menos 61 dos citados no levantamento estão localizados em Mato Grosso, o que faz do Estado um dos campeões do país quando se fala em trabalho escravo.
Em nota, Janete Riva classificou a iniciativa do fórum como “perseguição política”. Garantiu que seu nome foi incluso na lista de forma errônea à época em que contratou uma empresa para construir um curral em sua propriedade.
Os três funcionários encontrados pela equipe de fiscalização, segundo ela, eram contratados desta prestadora de serviço. “Tal fato foi informado à Justiça e está com o processo em curso. Mesmo assim, preferimos pagar todas as multas ao invés de esperar um resultado judicial”, disse.
O secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, também se manifestou por meio de nota. Alegou que o processo ainda está em apuração pela Justiça e que Janete já colocou sua propriedade à disposição para que seja visitada e tenha sua realidade conhecida.(LN)
Fonte: Do DC
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