Jornal Correio/Andréia Conceição
Lucimar em defesa da familia Campos, Walace e Tião condenam.
Faltando apenas cinco dias para as eleições de 2012, os cinco candidatos à Prefeitura de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM), Walace Guimarães (PMDB), Tião da Zaeli (PSD), Edson Ribeiro (PPL) e Milton Dantas (PSOL), se enfrentaram durante o debate realizado na manhã de ontem (01-10) pela Rádio Estação VG FM.
Os principais adversários, Tião da Zaeli (PSD) e Walace Guimarães (PMDB), insistiram em responsabilizar a família Campos pela situação critica que se encontra a cidade. Segundo o prefeito, Várzea Grande ainda paga dívidas contraídas há 30 anos, como o asfalto no bairro Figueirinha e a Avenida da FEB. Zaeli criticou o senador Jayme e o deputado Júlio Campos (ambos do DEM) por falta de emendas ao município, e a falta de asfalto nos bairros da cidade. “O que fizeram foi apenas tratamento de superfície para enganar o povo. Asfalto é quando se faz todo o serviço antes, como drenagem. É necessário compromisso dos parlamentares com Várzea Grande. Para setores como Saúde e Educação não são necessárias certidões”, frisou.
O prefeito ainda alfinetou o candidato a vice de Lucimar, o médico Arilson Arruda (PRB), alegando que ele foi secretário de Saúde por 12 anos e pouco contribuiu com o setor. “A maior realização dele como secretário foi construir um hospital particular em Cuiabá”, destacou.
O peemedebista Walace Guimarães afirmou que em relação ao tempo que estiveram à frente do poder no município, o “legado” deixado pela família Campos para a cidade é pequeno. Ele comentou que a cidade tem menos de 30% das ruas asfaltadas, e que as que possuem asfalto são de má qualidade. Destacou ainda o sucateamento das escolas municipais, o que compromete o ensino em salas de aula. “Com mais de 40 anos na prefeitura era para se ter feito mais que o dobro do que existe”, frisou.
Sobre o alinhamento com os Governos do Estado e Federal, Walace explica que facilitará na captação e distribuição dos recursos destinados à cidade. Segundo ele, Várzea Grande receberá R$ 800 milhões para obras relacionadas a Copa do Mundo, como a abertura do Hospital Metropolitano. “Esta união entre os Governos Federal, Estadual e Municipal é a forma perfeita para tirar Várzea Grande da situação caótica que se encontra”, enfatizou.
Já a ex-primeira-dama Lucimar Campos (DEM) presente pela primeira vez num debate entre os candidatos a prefeito de Várzea Grande, se defendeu das críticas dizendo que tudo o que foi construído na Cidade Industrial é fruto das administrações de sua família, especialmente na gestão do seu esposo, o atual senador Jayme Campos (DEM). Ela diz que sua família tem uma história na vida pública da cidade e que sempre atuou na área social ao lado de Jayme.
Lucimar enfatizou que o senador a ajudará trazer recursos para realizar grandes obras na cidade, e não se intimidou a debater as críticas dos adversários sobre as administrações passadas. “Jayme trouxe emendas sim para Várzea Grande. Se não foram utilizadas é por falta de certidão de adimplência e também por falta de projetos”, afirmou.
Ao destacar suas propostas, Lucimar deixou claro a experiência em gestão pública de seu marido, durante 14 anos em três mandatos, e que terá a ajuda dele em sua administração municipal. Entre as propostas para a cidade, a candidata destacou que num prazo de 100 dias, pretende “curar” a Saúde Municipal. Segundo ela, é preciso colocar todos os postos de saúde e policlínicas em funcionamento e ainda humanizar o atendimento no pronto-socorro. Quanto a infraestrutura ela pretende asfaltar 300 quilômetros de ruas e avenidas da cidade. “O que temos é aquilo que Jayme deixou há oito anos. Ele estará ao meu lado na prefeitura para fazer mais pela população”, pontuou.
Os candidatos Edson Ribeiro (PPL) e Milton Dantas (PSOL) tiveram participação discreta no debate. Ribeiro criticou a atual gestão por não fazer o pagamento de seu salário há seis meses. O prefeito rebateu ao falar que ele responde uma sindicância na prefeitura por não comparecer ao serviço. Já Miltão pregava a tese de que ele é o único candidato que realmente representa a classe trabalhadora.





