Greve dos médicos em Cuiabá completa uma semana


Profissionais reclamam da falta de itens básicos como água, comida e lençóis

A greve dos médicos da rede pública de Cuiabá completou uma semana, sem avanços nas negociações. Segundo o sindicato da categoria em Mato Grosso (Sindimed/MT), o diálogo com a Prefeitura tem sido mantido, mas sem avanços efetivos.

O movimento começou na segunda-feira (22). Cerca de 700 profissionais aderiram à paralisação; eles reivindica, principalmente, melhores condições de trabalho.
Os médicos também pedem reforços na segurança das unidades de Saúde. O sindicato afirma que os profissionais têm sido agredidos, verbal e fisicamente, por usuários que se sentem descontentes com o sistema.
Em reunião com a categoria,  o secretária municipal de Saúde, Huark Correa,  prometeu solucionar problemas imediatos, como a falta dos materiais básicos, que tem afetado diretamente o trabalho dos médicos.
“Até o momento, nada foi resolvido, continuamos na mesma situação. Não temos a mínima condição de trabalho: faltam papel higiênico, copo descartável, lençóis, comida, material de limpeza, medicamentos, cadeiras e até água para beber”, informou a presidente do Sindimed/MT, Elza Queiroz.
Em reunião com a categoria, a Secretaria de Saúde de Cuiabá garantiu que será solucionada a questão da falta de materiais básicos.
O Sindmed garante que, até o momento, nada foi reposto nas unidades hospitalares. O atendimento só tem sido realizado no Pronto-Socorro da capital, em regime de urgência e emergência.
O movimento grevista afeta diretamente o atendimento nas policlínicas e postos de Saúde da capital, que contam apenas com a presença de 30% dos profissionais.
Os médicos da rede pública de Várzea Grande estão em greve há cerca de quatro meses.
Outro lado
A reportagem tentou contato com a Secretaria de Saúde, mas as ligações não foram atendidas.
O secretário Huark Douglas também não atendeu as ligações para seu celular.
KATIANA PEREIRA
DA REDAÇÃO
Thiado Bergamasco/MidiaNews