O APOSENTADO PÉRICLES OLIVEIRA E SILVA VOTA DESDE 1940.
PARA COMPROVAR QUE VOTA HÁ 72 ANOS, PASSOU A COLECIONAR COMPROVANTES.
DO G1 CE
Plantão Portal Todos Contra a Pedofilia MT
A verdade das urnas vencerá a
mentira das
pesquisas
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100 anos em 2013 (Foto: Gioras Xerez/G1)
Por gostar tanto de exercer o direito de cidadão, o lúcido e bem-humorado eleitor passou a colecionar os comprovantes para registrar que participou de todas as eleições. “Nas décadas de 1940, 1950 e 1960, não davam comprovantes para o eleitor não. Era só o cidadão chegar lá e votar. Assinava um papel e pronto. Nos últimos anos foi que o negócio ficou organizado", explica.
Ele conta também que houve mudanças significativas na organização das eleições no Brasil. Segundo Silva, antigamente, em algumas eleições, havia o risco de o eleitor votar várias vezes no mesmo candidato. "Não tinha a estrutura que é hoje. Seu voto vai somente para um candidato", afirmou.
O eleitor de 99 anos aconselha os mais jovens a jamais vender o voto, pois é um instrumento para mudar a cidade em que se vive. “É um direito seu e exige bastante responsabilidade. Nunca vendi meu voto e enquanto estiver vivo vou cumprir o meu dever de cidadão”, afirma.
Sempre acompanhado pelos netos e filhas, em dia de eleição, o aposentado tem até um ritual, segundo a filha de Silva, Sheila Holanda. ”Ele não falta um ano de eleição. Anota todos os números dos candidatos organizadamente. Todos os anos a rotina é a mesma. Meu pai acorda às 5h, faz a barba, coloca a melhor roupa e às 6h já está pronto. E na hora de votar é rápido, menos de 20 segundos”, diz Sheila, que, em todas as eleições, vai do Bairro Couto Fernandes, onde moram, ao Centro.
aposentado (Foto: Gioras Xerez/G1)
Boa memória é uma das qualidades do aposentado. Ele lembra com detalhes de quase todas as eleições de que participou. Segundo ele, entre as mais memoráveis está a para prefeito de Fortaleza, na década de 1960, devido ao momento político que o país passava. “Foi uma momento tumultuado. Uma década que viríamos conhecer a ditadura. Um momento difícil de esquecer”, relata.





