Wilson afirma desconhecer estratégia de Maluf e que não concorre em 2014

Por Michely Figueiredo

O ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos afirmou, em entrevista exclusiva a Rádio CBN – AM 590 ,que não sabe se o também tucano Guilherme Maluf, candidato a prefeito da capital, irá explorar de forma positiva suas ações no período em que comandou o palácio Alencastro. Mesmo tendo recebido críticas por problemas em setores como o transporte público, abastecimento de água e saúde, Santos se notabilizou por algumas obras e feitos, como a construção da Avenida das Torres, a criação do Cuiabá-Vest (cursinho pré-vestibular gratuito) e o aumento do piso salarial dos professores da rede pública.

“Realmente não sei como o Guilherme irá se referir a minha gestão. Não consigo adivinhar, pois cada candidato tem sua equipe e faz as suas pesquisas”, desconversou.
Na entrevista, Wilson fez uma análise de sua vida política. “Das nove eleições que disputei, venci sete”. Ele lembrou que nas duas eleições para prefeito, em 2004 e 2008, não contou com o apoio do governo Estadual e Federal, e que, mesmo depois de ter vencido ambas as disputas, enfrentou algumas dificuldades na sua gestão devido à falta de alinhamento com o chefe do Executivo Estadual, o hoje senador, Blairo Maggi (PR), já que, com o na época presidente da República Luis Inácio Lula da silva (PT), tinha um bom relacionamento.

“O Blairo nunca foi me visitar na prefeitura. E não foi por falta de convite. Na minha gestão, o Estado deixou de fazer importantes investimentos em Cuiabá”. Wilson disse que nunca teve nada contra o senador e atribui a falta de entrosamento aos assessores de Maggi. “Essas pessoas que ficavam por perto dele o contaminavam”.

Fora de cena do cenário político há aproximadamente 1 ano e nove meses, Wilson não deu muitas pistas de seu futuro. Ao final da entrevista, o galinho (como é conhecido na baixada cuiabana) afirmou, de forma lacônica, que não entrará na disputa por nenhum cargo eletivo em 2014, embora algumas fontes já dêem como certa sua candidatura para deputado estadual. Em 2010, ele concorreu e perdeu a eleição para governador do Estado, depois de, ao ser reeleito prefeito em 2008, ter dito que cumpriria os quatro anos de mandato.

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