Vereador pede impeachment de Silval "por causa" de São Benedito

O tucano Antônio Fernandes critica a cobrança por parte da PM para dar segurança em festa de santo, mas a cobrança é definida por lei

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Os vereadores falaram sobre o caso envolvendo a Festa de São BeneditoOs vereadores falaram sobre o caso envolvendo a Festa de São Benedito
JUCIARA SANTOS

A tradicional Festa de São Benedito, em Cuiabá, foi  centro de mal-estar entre os vereadores Antônio Fernandes (PSDB) e Francisco Vuolo (PR), na sessão desta terça (26), na Câmara Municipal de Cuiabá. Fernandes usou a tribuna para acusar o Tenente Coronel, Alexandre Correa Mendes, do 10º Batalhão da Polícia Militar, de estar cobrando, cerca de R$ 24 mil reais, pela segurança dos fiéis nos quatro dias de festa. O coronel, segundo o edil, é evangélico e, segundo o  por questões religiosas, estaria fazendo "jogo duro" para dar segurança no local, sua área de atuação.

O vereador classificou a prática como escândalo e chamou a daministração de Silval Barbosa (PMDB) de desgoverno. “Aqui no estado roubam com maquinários superfaturados, cartas de crédito, da Conta Única e até de festa religiosa agora”, afirmou o vereador, que pediu ainda, o impeachment do governador Silval Barbosa. 


Vuolo pediu a palavra e classificou a atitude do colega como “uso indevido da tribuna” para fazer campanha eleitoral. O republicano, que já fez parte do staff de Silval, disse ainda que o governador está na China e que não sabia de nada que estava acontecendo, mas que o secretário da Casa Civil, José Lacerda, já havia entrado em contato e que tudo já estava resolvido. O policiamento será feito por 40 policiais, com seis horas de plantão, e o suporte de seis viaturas no local das festividades e, segundo a Polícia Militar, a cobrança é prevista em lei estadual. Fernandes se exaltou após as declarações do republicano.

O vereador ainda afirmou que o Tenente Coronel Alexandre disse que os PMs não eram “animais” para se alimentar da comida que seria servida no evento. “Eu suspeito que ele seja de outra crença, como já me informaram, por que não vejo problema algum com a comida que vendemos no evento”, acusou.

Fernandes também atacou o secretário de Segurança, Diógenes Curado. Para o edil, Curado é despreparado e não tem a PM como uma de suas prioridades. “Soldados e cabos ganharam o último fardamento em 2007, que eu sei”, atacou.

FESTA

A festa, que é a maior do gênero no centro Oeste, tem mais de 100 anos, foi aberta na última sexta-feira (22). De acordo com o festeiro, que está organizando o evento festa este ano, Cláuvio, todos os anos a polícia sempre ajudou sem exigir nenhum retorno. Segundo o tucano, o Comandante do Policiamento da Capital esteve em seu gabinete e se desculpou pelo acontecido, mas explicou que a cobrança pode ser feita, mas que nesse caso, não será. Às 9h dessa quarta-feira, a Polícia Militar vai apresentar o Plano de Segurança para os organizadores da festança.

A Taxa de Segurança (Taseg), está prevista na Lei 9067/2008, vigente desde 2008, e a cobrança pode ser feita, de acordo com o inciso I, paragáfo II, por os serviços, requeridos por pessoas físicas, jurídicas ou entidades para quaisquer eventos públicos, esportivos, culturais e sociais, ainda que patrocinados por particulares, realizados no Estado.

RepórterMT tentou entrar em contato com o tenente coronel Alexandre, mas o número indicado pelo Batalhão não estava ativado.

APOIO

Além de Antônio Fernandes, o vereador Everton Pop (PSD) comparou o efetivo policial que acompanha o governador Silval Barbosa e a realidade regional. “Silval Barbosa possui oito policiais encarregados de sua segurança, e pelo menos 40% dos municípios mato-grossenses não possui esse efetivo pra cuidar de uma cidade”, afirmou.

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