Taques acusa Maggi de compra de votos e diz que não divide palanque com Riva

Edilson Almeida | Redação 24 Horas News


O senador Pedro Taques (PDT) é o que se pode chamar de inimigo íntimo. Em nova passagem por Rondonópolis, no Sul de Mato Grosso, acusou o seu colega Blairo Maggi, senador pelo PR, de comprar votos nas eleições de 2010. Os dois apoiam em Cuiabá o candidato a prefeito Mauro Mendes, do PSB, já tendo inclusive dividido o mesmo palanque. O  novo ataque a Maggi foi feito durante reunião realizada com os candidatos pelo PDT, nesta segunda-feira, 23.
“Consegui me eleger com apenas 40 cabos eleitorais em todo o Estado, já Maggi contratou 12 mil cabos eleitorais. Isso para mim é abuso de poder econômico e compra de votos e mesmo com tudo isso eu consegui me eleger com apenas mil votos de diferença dele em Rondonópolis” – disse o parlamentar.
As afirmações de Taques ajudam a apimentar um tema que parecia cair no esquecimento político: a contradição do PDT na hora de fazer alianças políticas.  Durante a campanha de 2010, Taques baseou seu discurso exatamente nos ataques frontais ao então governador, especificamente na questão envolvendo a operação de compra de maquinários para o programa “MT 100% Equipado”, que resultou em um dos maiores escândalos de desvio de dinheiro do Governo. 
Maggi tem assimilado os ataques do “inimigo íntimo” do momento. Ao tratar do assunto, em entrevista a um site de Cuiabá, o ex governador classificou a questão como sendo “tentativa de se fazer intriga” e disse que não poderia  reclamar de ninguém que criticou o caso dos maquinários, “pois foi uma coisa errada que aconteceu no meu Governo”.  Agora, um novo capítulo da aliança. 
Além da renovada acusação eleitoral, Taques ainda limitou o apoio ao candidato Percival Muniz, do PPS, que tenta voltar a Prefeitura de Rondonópolis. Ele disse que o fato de Muniz estar recebendo o apoio do PSD, partido liderado pelo deputado José Riva, presidente da Assembléia Legislativa, não o torna aliado do dirigente legislativo. 
“Eu não estou dividindo palanque com o Riva, o PDT simplesmente apoia o Percival que também tem na sua base aliada o apoio do PSD e isso eu não posso proibir, já que Percival é livre para escolher quem vai apoia-lo. Não tenho nada contra partidos, mesmo porque quem comete crimes são as pessoas dos partidos e não a sigla”, disparou o senador, que sempre deixou claro que nãos apoiaria candidatos ligados a Riva.
Durante toda a reunião, Taques fez questão de falar que defende a moralidade e a política transparente, mas ao ser indagado sobre a quantidade de processos que Percival responde ele afirmou que não considera o candidato a prefeito um ‘ficha suja’. 
“Percival ainda não tem nenhuma condenação, então, não é considerado ficha suja”, alega Taques.
O senador não soube responder sobre os comentários que surgiram de que seu primo, Paulo Taques, estaria cuidando dos processos de Percival. “Paulo é um primo da minha mãe, não sei dizer se ele é advogado e se está defendendo ou não Percival”, retrucou.

Com Mirian Trento, do AgoraMT

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