Parque está há cinco anos só no papel


Área verde, às margens da avenida Antártica, tem 32 hectares e deveria abrigar espaço para lazer e atividades físicas; prefeitura promete entregá-lo em breve

GERALDO TAVARES/DC
A prefeitura quer entregar a primeira etapa do Parque Municipal Dante de Oliveira ainda este ano
LAURA NABUCO
Da Reportagem

Lançado há cinco anos e três meses, o Parque Municipal Dante de Oliveira ainda não saiu do papel. Na área de 32 hectares, que deveria servir de homenagem ao ex-governador, morto em 2006, hoje não há sequer a placa, com o rosto do tucano desenhado, indicando o empreendimento.

Localizado na região dos bairros Ribeirão do Lipa e Ribeirão da Ponte, com a acesso pela avenida Antártica, em Cuiabá, o parque já custou à prefeitura R$ 700 mil, dinheiro investido na aquisição do terreno, em 2007.

Diante da inércia para iniciar a obra, em 2011, Leornado de Oliveira, sobrinho do ex-governador e presidente do Instituto Dante de Oliveira, recorreu ao governo do Estado.

À época, uma emenda de autoria do ex-deputado e hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sérgio Ricardo, no valor de R$ 40 mil, havia sido apresentada para confecção do projeto de um memorial ao político conhecido pela militância nas Diretas Já.

Conforme Leonardo, a UFMT ficaria responsável pela elaboração do acervo resgatando a história de Dante. Na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), R$ 300 mil, provenientes de compensação por impacto de vizinhança gerado pela implantação de uma empresa, foram destinados ao parque. Mesmo assim, o projeto não evoluiu.

A última promessa foi feita pelo prefeito Chico Galindo (PTB), que teve acesso ao projeto há cerca de três meses. Conforme o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Márcio Puga, o objetivo do petebista é entregar a primeira fase a obra até o final do ano.

Segundo Puga, atualmente o município elabora partes do projeto que estavam incompletas. Ele afirma que o trabalho é necessário para que o custo total da obra seja orçado. Paralelo a isso, a prefeitura tenta angariar recursos para executar o empreendimento.

“Temos R$ 700 mil oriundos de conjuntos residenciais que serão implantados na região do bairro. A compensação de impacto de todos eles já foi direcionada ao parque. Agora precisamos da contrapartida do município, mas não temos o valor total da obra”, afirma.

Puga afirma que o parque é mais complexo que o Mãe Bonifácia, por exemplo, porque não se limita a pistas de caminhada. Além de amplo espaço para lazer, o local deve abrigar o memorial Dante de Oliveira, uma espécie de salão para espetáculos com uma área destinada a exposições e ao acervo da história do ex-governador.

Orçado em R$ 2 milhões, segundo Leonardo, o local é a parte mais cara do projeto. Deve ser a última parte da proposta a sair do papel. “Estamos procurando meios para construir”, diz.

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