OAB de MT é tendenciosa, diz o advogado Eduardo Mahon

Para advogado, faltam transparência e também neutralidade dentro da entidade

MidiaNews/Reprodução

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Um ponto destacado pelo advogado é a falta de independência da Ordem

LAICE SOUZA
DO MIDIAJUR

O advogado Eduardo Mahon, que já declarou apoio à candidatura de Luciana Serafim à presidência da OAB-MT, afirmou ao MidiaJur que a eleição será muito difícil, pois a gestão da Ordem costuma utilizar a própria instituição para beneficiar o candidato da situação. Na avaliação de Mahon, a OAB está “tendenciosa”.

“Acho que ela não faz na própria instituição aquilo que ela prega para os outros, que é a neutralidade, transparência. Em casa de ferreiro, o espeto é de pau”, afirmou o advogado.

Segundo Eduardo Mahon, os dirigentes reúnem os presidentes de seccionais, o que configuraria abuso de poder.

O advogado citou ainda como exemplo uma caravana que foi anunciada “para as cidades do interior", sob o patrocínio da Caixa de Assistência ao Advogado, cujo presidente é Leonardo Pio, que é coordenador-geral da campanha do advogado Maurício Aude.

Outro ponto destacado pelo advogado é a "falta de independência da Ordem".

“Ela tem dúzias de problemas institucionais que não consegue resolver, por causa de compromissos partidários, ou com grupos ou segmentos. E isso não é um problema nem do Cláudio Stábile ou Maurício Aude”, observou.

O advogado ainda destacou que outro exemplo negativo dado pela Ordem é o fato de a entidade não fazer licitação ou concurso público para contratação de funcionários, o que, para ele, é um ‘absurdo’.

“A Ordem é uma autarquia federal e ela deveria dar exemplo. Deveria ter servidores só por meio de concurso, colocar as contas no site com as notas fiscais digitalizadas. Na campanha, os candidatos também devem colocar quem contribuiu e o valor que contribuiu. Por que a OAB cobra dos outros o que ela não consegue fazer para ela mesma?”, questionou.

Aposta em Luciana Serafim 
Para Mahon, a candidata de sua preferência, Luciana Serafim, é quem reúne todos os requisitos necessários para assumir o comando da Ordem.

“Eu acho que não existe nenhum outro candidato que tenha perfil para concorrer para uma OAB independente. Eu não sou filiado a partido nenhum, não professo nenhum compromisso partidário e estou reunindo os mais variados advogados para dar apoio à Luciana”, completou.