Laudo aponta possível estupro de taxista antes matar jovem em Marechal Floriano

Victor Melo
Redação Folha Vitória
Reprodução TV VitóriaAlém de matar de forma brutal a jovem Thaís Lyrio, de 19 anos, o taxista Deonésio Geik pode ter estuprado a dona de casa antes do assassinato, em Marechal Floriano, de acordo com laudo da Polícia Civil. Segundo o delegado Paulo Roberto de Castro, responsável pela investigação, a região genital da vítima apresentava lesões.
"Foi constatado grande hiperimia da região vaginal com vermelhidão no local. Trata-se de uma lesão que causou uma exposição da bexiga na região vaginal. Pode ter sido causado por um ato sexual ou uma pancada com instrumento", disse o delegado.
O laudo ainda aponta a causa da morte da jovem como indeterminada. Isso se deve, de acordo com o delegado Paulo Roberto de Castro, muito provavelmente ao adiantado estado decomposição que foi encontrado o corpo da jovem.
O taxista Deonésio Geik será indiciado por três crimes. Homicídio qualificado, com pena de 12 a 30 anos de prisão, ocultação de cadáver, com pena de um a três anos, além de estupro que pode resultar em 6 a 10 anos de detenção. "Eu estou concluindo o inquérito e vou mandar para justiça ainda hoje (quinta-feira)", afirmou Paulo Roberto de Castro.
Deonésio Geik ainda é investigado pela morte de outra jovem, a prima da vítima mais recente, Tânia Rodrigues. O inquérito continua em andamento. O taxista foi encaminhado para um presídio da Grande Vitória.
Os crimes
O delegado Paulo Roberto de Castro, responsável pela investigação do caso das jovens mortas em Marechal Floriano, revelou em entrevista concedida ao jornalista Eduardo Santos, no programa Ronda da Cidade da Rádio Vitória, que o taxista Deonésio Geik assassinou as duas praticamente da mesma forma.
Segundo ele, o taxista contou detalhes de como teria matado a adolescente Tânia Rodrigues Pereira, de 17 anos. Após negar, em primeiro momento, alguma relação com o desaparecimento da menor, Deonésio Geik confessou, nesta quarta-feira (27) que também assassinou a prima da primeira vítima encontrada, Thais Lyrio, de 19 anos.
"O primeiro interrogatório dele, depois que a gente tomou conhecimento de que a jovem Tânia havia desaparecido em 2009, foi de negar qualquer tipo de envolvimento nesse desaparecimento alegando mais uma vez que ele teria deixado essa jovem no centro de Marechal Floriano e depois não teria mais visto. Após o encontro da ossada, no mesmo lugar onde foi enterrada a Thais, e a polícia levar a ele essa situação, ele resolveu confiar no trabalho da polícia e confessar que teria sido autor do homicídio contra a Tânia", afirmou Paulo Roberto de Castro.
De acordo com o delegado, o modo de agir foi praticamente idêntico. "Pelo que ele passou para a polícia ele usou a mesma forma de agir, tanto para a Thais quanto para a Tânia. Ele teria pego a Tânia na porta da casa da avó, após ter recebido uma chamada para uma corrida de táxi e, posteriormente a isso, ele teria convencido-a que iria pagar o aparelho celular em troca de sexo. Logo após ele levou ela para o local onde enterrou a Thais, onde eles fariam sexo, segundo versão dele", disse.
A existência de várias coincidências na forma de agir, levam a polícia a acreditar que realmente ele é o autor do homicídio contra Tânia. O delegado Paulo Roberto de Castro acredita que Deonésio resolveu confessar o crime com o objetivo de se beneficiar no futuro durante o processo pela cooperação com as autoridades.
"Nós temos uma forma de trabalhar que nos dá credibilidade perante autores de crime, para que confiem no trabalho da polícia, uma forma de convencer de que o que está feito está feito. A partir do momento que ele se predispõe a colaborar com a investigação, isso, posteriormente, dentro dos autos do processo pode ajudá-lo", disse.
Agora, a polícia aguarda o resultado dos laudos técnicos para confirmar se a ossada encontrada na mesmo cova rasa onde estava Thais Lyrio é de Tânia Rodrigues. O taxista foi indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver pelo crime contra a dona de casa. A reconstituição do crime contra a adolescente ainda será realizada.
Confissão do crime
O taxista Deonésio Geik confessou mais um assassinato no município de Marechal Floriano, na região Serrana do Estado. Dessa vez a vítima foi Tânia Rodrigues Pereira, de 17 anos, que estava desaparecida há três anos. A jovem era prima da vítima mais recente, Thais Lyrio, de 19 anos.
De acordo com o delegado Paulo Roberto, responsável pelo caso, o taxista Deonésio Geik confirmou que matou Tânia Rodrigues. Uma ossada encontrada na mesma cova onde estava o corpo Thais Lyrio foi o que levantou as suspeitas da polícia. Nos dois casos, as vítimas embarcaram como passageiras no táxi do assassino.
A família de Tânia Rodrigues Pereira, 17 anos, esteve na tarde desta segunda-feira (25) no Departamento Médico Legal (DML), em Vitória, para que a mãe da jovem doasse material genético. A coleta foi feita para saber se os fragmentos de ossos encontrados enterrados em Marechal Floriano, na região Central Serrana do Estado são da jovem. Tânia está desaparecida desde outubro de 2009.
DivulgaçãoOs ossos foram enviados para o Laboratório de Perícia Criminal da Polícia Civil, em Vitória, e estão sob análise. Com o material coletado de Rosângela Rodrigues – mãe da jovem – a investigação deve ser mais rápida. Além da doação de material para exame, familiares de Tânia, entregaram à Polícia Civil o prontuário odontológico da jovem.
O pai de Tânia, que mora em Mato Grosso, também está sendo procurado pela polícia para a realização de um exame de DNA. Segundo o delegado Danilo Bahiense, dois tios paternos da jovem foram localizados, mas eles sabem apenas que o homem mora no local. Assim que ele for localizado o material genético será colhido.
Outra vítima
DivulgaçãoO corpo da dona de casa Thais Lyrio de Andrade, de 19 anos, foi encontrado em uma cova rasa no fim da tarde de segunda-feira (18). A mulher estava enterrada no Sítio São Jose, em Alto Rio Novo, Marechal Floriano. O local fica a um quilômetro da BR 262. O taxista Deonésio Geik, de 34 anos, confessou o crime e mostrou ao delegado Paulo Roberto de Castro o local onde tinha enterrado o corpo.
No caminho, a jovem pediu para o motorista parar o carro e saiu para se encontrar com um casal que estava na rua. Depois disso, ela não foi mais vista por mais ninguém. Dias depois, a polícia encontrou o telefone da dona de casa em uma estrada de chão e estava investigando os últimos telefonemas dados pela jovem.
Deonésio foi interrogado nesta segunda e, diante das provas técnicas levantadas pela perícia, não teve como negar o crime. De acordo com a assessoria da Polícia Civil, Thais teria feito um programa e cobrado R$ 150,00 do taxista. Como ele achou caro, os dois começaram a discutir. Nervosa, Thais deu um tapa no rosto do homem e ele a esganou.

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