Alemanha investiga diplomata iraniano por abuso de menores

DA ASSOCIATED PRESS, EM BERLIM
A Promotoria de Frankfurt, na Alemanha, confirmou nesta segunda-feira que investiga uma acusação de abuso de menores envolvendo um diplomata iraniano e uma menina de dez anos. Teerã afirma que as alegações são parte de uma campanha de um grupo de oposição.

De acordo com os promotores, o iraniano, de 45 anos, é acusado pela criança de abuso e de ter puxado o cabelo dela enquanto brincava no pátio de um prédio residencial de Frankfurt, no último dia 25. A menina disse que o diplomata a seguiu para dentro do edifício e a tentou beijar.

A mãe da menor registrou um boletim de ocorrência na polícia no dia seguinte, mas não sabia quem era o suspeito. Uma semana depois do suposto incidente, a criança o viu na rua e tentou chamar a atenção dos pedestres, dizendo que o diplomata era um abusador de menores.

O iraniano foi detido, mas liberado em seguida pela regra de imunidade diplomática, que os promotores ainda avaliam se vale para este caso. O nome do representante não foi revelado porque o caso segue em segredo de justiça.

Consultada pela agência de notícias France Presse, a embaixada do Irã em Berlim não comentou o caso, mas a televisão estatal do país persa informou nesta segunda que o tabloide alemão "Bild" e o grupo opositor Mujaheddins do Povo, proibido no território iraniano, fazem parte de uma conspiração contra Teerã.

O governo de Mahmoud Ahmadinejad também convocou, em represália, o embaixador na Alemanha para esclarecimentos. Teerã afirmou que o diplomata foi atacado por uma mulher quando voltava para casa e negou o abuso sexual.

BRASIL

O caso acontece dois meses após um diplomata ser demitido pelo governo iraniano após uma investigação sobre acusações de abusos sexuais a menores em um clube de Brasília, em abril.

O funcionário foi acusado pela Polícia do Distrito Federal de ter abusado de quatro meninas, entre 9 e 15 anos. Pelo Código Penal, o ato é qualificado como estupro.

Segundo relato dos pais, ele tocava as partes íntimas das garotas enquanto mergulhava na piscina. Avisados, eles tentaram agredi-lo. Em depoimento, o diplomata negou as acusações. A embaixada do Irã em Brasília afirmou que o assunto foi apenas "um mal entendido devido às diferenças culturais de comportamento".

Uma semana após o incidente, o Itamaraty pediu ao país persa que o representante fosse retirado do Brasil sob pena de declará-lo persona non grata.

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