Albergue de Várzea Grande se transforma em "boca de fumo"

William Arruda
Da Redação

Policiais militares estouraram uma "boca de fumo" localizada dentro do albergue de Várzea Grande, localizado na avenida Júlio Campos, na última sexta-feira. Durante uma revista surpresa foram encontradas mais de 30 "trouxinhas" de pasta-base de cocaína no prédio onde presos beneficiados com o regime semi-aberto dormem.

Além da droga, várias latas e garrafas de bebida alcoólicas foram encontradas nos quartos. Outras cinco motos e dois carros ainda foram recolhidos pela PM por estarem com os documentos irregulares.

De acordo com o comandante do 4° Batalhão da Polícia Militar, tenente coronel Ibanez, a população vizinha ao albergue já vinha denunciando o consumo de drogas no local. "Infelizmente, aquilo que chegou até a PM foi confirmado nesta revista", informou.

Nove detentos que estavam no albergue foram encaminhados a Central de Flagrantes onde foi lavrado boletim de ocorrências. Após serem ouvidos, os presos foram reencaminhados ao presídio da cidade e voltarão a cumprir penas no regime fechado.

Aluguel polpudo

O albergue prisional em Várzea Grande foi instalado na avenida Júlio Campos sob protesto da sociedade. O prédio, de propriedade do médico Josias Guimarães, está localizado numa área comercial da cidade e assusta moradores e comerciantes.

Desde sua instalação, em 2009, um incêndio já foi realizado e o número de furtos aumentou na região. No último dia 30 de junho, o senador Jaime Campos (DEM) crticou o irmão de Josias, o deputado e candidato a prefeito de Várzea Grande, Wallace Guimarães, ao considerar este albergue a única obra dele para a Cidade Industrial.

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