22 aumentaram em 100% o patrimônio


Eles ainda querem ser reeleitos nos municípios do interior de Mato Grosso. Em Juara, por exemplo, o gestor saiu do “zero” para acumular R$ 2,5 milhões

Marcos Negrini/Secom MT
Em maio, gestores – alguns deles os milionários citados - estiveram na Capital para participarem do Encontro dos Prefeitos
RENATA NEVES
Da Reportagem

Vinte e dois dos 82 prefeitos que disputam a reeleição em 2012 aumentaram em mais de 100% seus patrimônios durante os quatro anos em que permaneceram no comando do Executivo municipal. O caso mais notório envolve o prefeito de Juara, Alcir Paulino (PSD). Em 2008, ele declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não possuir nenhum bem e hoje acumula R$ 2,5 milhões.

Também chama a atenção o caso do prefeito de Jangada, Valdecir Kemer (PSD), cujos bens aumentaram de R$ 15 mil para R$ 149 mil, o que representa uma evolução de 893%. Embora seja considerado pequeno em comparação ao de outros prefeitos, o aumento foi o maior proporcionalmente.

Em seguida, destacam-se os prefeitos de Sorriso, Clomir Bedin (PMDB), e de São Félix do Araguaia, Filemon Limoeiro (PSD), que ampliaram em mais de 400% suas posses. Bedin declarou possuir R$ 966,1 mil em 2008, valor que saltou para R$ 5,6 milhões este ano. Já Limoeiro tinha R$ 132 mil na eleição passada e hoje possui R$ 682,7 mil.

Prefeito de Nobres, José Carlos da Silva (PP) mais que quadriplicou seus bens. Quando disputou a eleição em 2008, ele declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possuir R$ 61 mil. Hoje possui R$ 250 mil, o que corresponde a um aumento de 309%.

Os prefeitos de Arenápolis, Farid Tenório (DEM), de Gaúcha do Norte, Nilson Francisco Alessio (DEM), de Nova Mutum, Lírio Lautenschlager (PMDB), e de Porto dos Gaúchos, Carmen Duarte (DEM), registraram aumento de mais de 200% no período. Destes, o mais rico é Lautenschlager, que registrou patrimônio de R$ 15,3 milhões este ano. Em segundo lugar na lista figura Carmen Duarte, cujas posses somam R$ 11,2 milhões.

Mais que dobraram seus bens os prefeitos Vandeir Ribeiro (PSD), de Campinápolis; Luiz Henrique do Amaral (PT), de Cocalinho; Valdecir Colle (PSD), de Juscimeira; João Antônio de Oliveira (PSD), de Novo Horizonte do Norte; Railda de Fátima Alves (PSD), de Nova Nazaré; Leonardo Faria Zampa (PR), de Novo São Joaquim; Pedro Hideyio Miyazima (PSD), de Paranaíta; Alessandro Nicoli (PSD), de Santa Carmen; Domingos da Silva Neto (PSD), de Santa Terezinha; Silvio Souto (PSD), de Santo Afonso; e Roberto Morandi (PDT), de Santa Rita do Trivelato. Dos citados acima, dois tornaram-se milionários durante os quatro anos em que responderam pelo comando do município. São eles: Luiz Henrique do Amaral, cujo patrimônio passou de R$ 505 mil para R$ 1,1 milhão, e Domingos da Silva Neto, que possuía R$ 486 mil em 2008 e hoje conta com R$ 1,2 milhão.

Pedro Miyazima, Alessandro Nicoli e Roberto Morandini apenas ampliaram seus milhões. O primeiro registrou evolução patrimonial de R$ 1,4 milhão para R$ 3,037 milhões; o segundo, de 1,4 milhão para R$ 2,8 milhões; e o terceiro, de R$ 9,034 milhões para R$ 18,9 milhões. O levantamento referente ao número de prefeitos que disputam a reeleição este ano, inicialmente feito pela Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), apontou 61 postulantes ao cargo. A quantidade, no entanto, foi atualizada pelo Diário com base nas informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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