Grande parte das Farmácias e drogarias de Cuiabá nem oferece mais o produto por absoluta falta de interesse da clientela
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Da Reportagem
Há 15 anos no mercado, a camisinha feminina não pegou entre as mulheres que vivem em Cuiabá. Prova disso é a baixa procura pelo produto nas drogarias e farmácias. Nesta semana, o Ministério da Saúde (MS) anunciou a distribuição de 20 milhões de preservativos femininos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para os estados brasileiros.
“Não trabalhamos com a camisinha feminina. De cada mil apenas, um procura pela feminina. Acho que falta conhecimento”, disse a perfumista Edilene Gomes de Souza, da Droga Chick.
O mesmo ocorre na Drogaria Nippon. Lá, o produto também não se encontra nas prateleiras, conforme o atendente Durciney José dos Santos. “Vendemos bastante o preservativo masculino e boa parte é a própria mulher que compra”, comentou.
Na Droga Master o produto feminino também não tem saída. “É muito difícil alguém procurar. É perigoso até o prazo de validade vencer na prateleira”, comentou o atendente Eduardo Nunes Forte. Segundo ele, quando alguém aparece querendo comprar a camisinha feminina o farmacêutico do estabelecimento orienta a procurar um posto de saúde, onde o produto é encontrado de graça.
Nenhum dos entrevistados pela reportagem do Diário soube informar o valor do preservativo feminino. Já o masculino custa entre R$ 2 e R$ 3 o pacote com três unidades.
Nesta semana, o Ministério da Saúde anunciou o envio aos estados de 2,2 milhões de preservativos femininos, de um total de 20 milhões previstos para este ano. Conforme a Agência de Saúde do MS, a distribuição do item prioriza populações definidas de acordo com critérios de vulnerabilidade, com foco em profissionais do sexo, mulheres vivendo e convivendo com doenças sexualmente transmissíveis, usuárias de drogas e seus parceiros e mulheres atendidas pelo sistema prisional.
“A camisinha feminina permite que a mulher decida sobre o uso do preservativo, de modo que essa escolha não seja apenas do homem. É uma estratégia que faz parte da política brasileira de ampliar as opções de proteção às doenças sexualmente transmissíveis”, explica o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa por meio da assessoria de imprensa.
O preservativo feminino chegou ao mercado brasileiro em 1997, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a comercialização do produto. Desde então, o Ministério da Saúde já adquiriu e distribuiu cerca de 16 milhões de preservativos para as 27 unidades da federação. A nova compra representa 25% a mais em relação ao total já adquirido pelo Ministério da Saúde.
Pesquisas indicam que é fundamental que grupos vulneráveis tenham conhecimento dos locais de distribuição da camisinha. Segundo a pesquisa, este conhecimento é fator essencial para o seu uso: mulheres que não sabem onde obtê-la apresentam chance 81% menor de fazerem sexo protegido.






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