Sem apoio, Janaina Riva recua de candidatura à presidência da Assembleia: “Candidata para perder, ninguém quer ser”

 

Deputada lamenta não renovação na direção do Legislativo

“Não estou no páreo, gostaria de estar. Mas não sou candidata, eu esperava uma renovação maior, não vejo oportunidade. No entanto, com atual composição se mantendo, com Botelho permanecendo como candidato, acho muito difícil um cenário diferente do que tem lá”, disse a deputada estadual Janaína Riva (MDB), a mais votada nas eleições deste ano para a Assembleia Legislativa, com 82.076 votos.

“Candidata para perder, ninguém quer ser né”, questionou a deputada, argumentando que a Assembleia pode ficar não só esses dois anos, com os deputados Eduardo Botelho (União Brasil) e Max Russi (PSB), “como os quatro anos sob o comando dos dois”.

“Gostaria muito de ver a mudança. Ter uma votação como eu fiz, a única mulher no Parlamento, mas acho que não vou conseguir passar ela presidência ou primeira secretaria. Os dois devem repetir a dobradinha e talvez até na próxima mesa, de novo”, disse.

Sobre a baixa representatividade feminina na Assembleia Legislativa, a deputada estadual mais votada este ano disse que é uma preocupação. “A gente se preocupa com isso. É a menor representatividade do Brasil. Mato Grosso não chega a 5% a representatividade feminina dentro da Assembleia. Aumentamos uma para federal, mas infelizmente só uma na Assembleia. Aqui nós mantivemos, mas infelizmente o crescimento da participação feminina foi pífio no Brasil como um todo”.

“Não estou magoada, é que todos os deputados tem a vontade de ser presidente ou primeiro secretário. E vejo que essa mudança tem que ser algo do coletivo, não adianta só eu ficar defendendo renovação. Acho que os dois são ótimos candidatos, independente, mas depois dessa última eleição, decidi que não vou ficar discutindo isso sozinha. Se não for algo do coletivo, não vai mudar. Acho que os dois devem compor, não sei se terá uma candidatura de um ou de outro, acho que não vai haver disputa”.