Mãe e ex-namorado são acusados de exploração sexual

Sueli Mariano e Rogério Amorim, respectivamente mãe e ex-namorado da adolescente Maiana Vilela Mariano, morta há seis meses, deverão responder por exploração sexual junto a Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica)
Fonte: MT noticias
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O inquérito que indiciou quatro pessoas envolvidas na morte da adolescente foi enviado para a delegacia que fará a averiguação da denúncia.

A delegada Anaíde Barros que investigou o caso não tem dúvida que ambos tenham cometido o crime de exploração sexual que envolveu a adolescente e resultou em sua morte no dia 21 de dezembro. 

Rogério tinha constantes relacionamentos com meninas de idade entre 15 e 17 anos, e o que chama atenção é que assim como Maiana, outras cinco garotas ouvidas pela polícia, que tiveram envolvimento com o empresário relataram que ele costumava presentá-las, o que é entendido pela polícia como uma espécie de isca para atrair as adolescentes.

“O Rogério atraia essas meninas, em geral de origem pobre e dava presente, pagava salão de beleza e depois descartava”, explicou a delegada.

Presentes para mãe e filha

Conforme a mãe de Maiana, Rogério a presentou com a troca das portas da sua kitnet, além da viagem ao Paraná, um dia antes do crime, como presente de aniversário, o que é um indicativo de beneficiamento pela permissão do relacionamento.

Para Maiana, Rogério deu uma moto modelo Biz, de cor rosa, a reforma do seu quarto, um aparelho de televisão, um notebook, roupas e realizava o pagamento de assistência médica e da escola onde a jovem estudava – Maiana cursava o 2º ano do ensino médio.

Sueli atualmente nega que recebesse qualquer ajuda financeira do empresário, mas em seu primeiro depoimento, expôs outra realidade. Ela afirmou que incentivou a filha a pedir a moto como prova do amor de Rogério.

“Como achei que ele tivesse se aproveitando dela, falei pra ela pedir para ele um presente bem caro, não falei uma moto, só falei um presente bem caro, para provar que gostava dela e ele deu”, disse Sueli logo após chegar do Paraná. 

Com estas declarações, Anaíde não tem dúvidas do crime de ambos, que segue sob investigação da Deddica.

Outros crimes de Rogério

Além do homicídio triplamente qualificado e exploração sexual, Rogério também passará por outras três investigações: na Delegacia Fazendária pelas atividades ilícitas contra a ordem tributária, no Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), por falsidade ideológica e aplicação de golpes em documentos de compra de terra e na Delegacia de Roubos e Furtos, pela possibilidade de envolvimento no roubo de carros que eram enviados para Campos Grande. Paulo também será investigado por participação neste crime.

Pessoas ouvidas pela polícia provaram a falsificação feita por Rogério. Um deles parente de Maiana, que deveria ganhar R$ 200 mil por um terreno comprado pelo empresário, mas só recebeu R$ 60 mil. “Se a pessoa ainda insistisse em receber o restante do valor, o Rogério ameaçava”, disse a delegada.

De acordo com a delegada que investigou o homicídio, a lista de crimes de Rogério é grande e envolve também o nome de laranjas em esquemas de participação de licitações. Como já tem passagem pela polícia por falsidade ideológica, o empresário pagava um rapaz que entrava apenas com o nome nas licitações.

Relembre


Maiana foi asfixiada a mando do ex-namorado e a motivação para o crime, segundo a polícia pode ter sido gerada por duas razões: a adolescente teria traído Rogério e engravidado de outra pessoa, já que Rogério fez vasectomia. A informação, porém, não é confirmada pela polícia, por conta do estágio de decomposição do corpo.

A segunda possibilidade é que Maiana tivesse descoberto algum ato ilegal de Rogério e o mesmo se sentindo ameaçado mandou matar a namorada. Para Paulo Ferreira e Carlos Alexandre, os dois executores, o empresário alegou que estaria sendo ameaçado. 

Maiana, segundo a polícia, morreu após cair em uma emboscada armada pelo então namorado, que a orientou pagar um caseiro, que na verdade era Paulo. Ao matá-la por asfixia com um pano, juntamente com Carlos Alexandre, conforme depoimento dos dois, seguiram até a empresa de Rogério para que ele comprovasse a finalização do ‘trabalho’. Em seguida, o corpo da adolescente foi levado até as proximidades da Ponte de Ferro para ser enterrado. 

Os objetos que se encontravam com a adolescente foram queimados e a moto modelo que pertencia a Maiana chegou a ser vendida, mas após a repercussão do caso foi abandonada e até o momento não encontrada. A possibilidade é que a moto tenha sido desmanchada, o que dificulta a identificação da polícia. 

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