Líder do prefeito promete novo recurso para reverter afastamento

Nayara Araújo

Maximino Vanzella (DEM)

    Após ter negado pedido de liminar para retornar à Câmara de Sorriso, o vereador afastado Maximino Vanzella (DEM), líder do prefeito Chicão Bedin (PMDB) na Casa, promete recorrer da decisão desfavorável proferida pelo juiz Wanderley José dos Reis. Sem revelar nomes, o democrata diz contar com o apoio de uma comissão composta por "amigos" para reverter a situação. “Eles conhecem minha conduta, estão cuidando de tudo e já estão com a defesa pronta. Estou tranquilo, cuidando dos meus negócios e seguindo a vida”, diz Maximino. Em seguida, ele faz questão de ressaltar que os “amigos” da comissão classificaram o afastamento de injusto.

   O vereador pontua que o posicionamento da Câmara foi radical e inesperado. Ele pondera não ter interesse algum em interferir na CPI criada para investigar suposta quebra de decoro parlamentar, já que votou a favor da instalação da comissão. "Não vou atrapalhar, até porque quem pediu fui eu”, reforça. Membros da CPI apuram denúncia de suposta tentativa do democrata em arquitetar plano para incriminar o vereador cassado, Gerson Francio (PSB), o Jaburu, que perdeu o cargo no último ano.

   A acusação de quebra de decoro contra Maximino foi protocolada por Jaburu e Jânio Feitosa na corregedoria da Câmara. Após levantamento do vice-presidente da Mesa Diretora, Hilton Polesello (PTB), os nove vereadores votaram pelo afastamento do democrata. Nos bastidores, comenta-se que a oposição tenta desarticular a base de apoio a Bedin no Legislativo. Após receber favorável do TCE, as contas do exercício financeiro de 2009 da prefeitura foram reprovadas pela Câmara. Logo em seguida, Maximino, braço-direito do peemedebista na Casa, foi afastado. Além disso, há rumores de que as contas 2010 também vão ser reprovadas, mesmo com parecer favorável e apenas duas ressalvas do TCE.