Justiça nega reabertura de caso da extradição de Assange

Assange recebe segundo 'não' da Suprema Corte em duas semanas e deverá ser extraditado à Suécia (Facundo Arrizabalaga/EFE)

Fundador do WikiLeaks tentou novo recurso, mas ação foi julgada sem mérito

A Suprema Corte da Grã-Bretanha negou nesta quinta-feira o pedido do fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, para a reabertura de seu caso, em que recorre contra uma extradição à Suécia por crimes sexuais. Sete juízes do mais alto tribunal britânico consideraram o recurso de Assange "sem mérito".

A resposta foi dada duas semanas após a mesma Corte dar sinal verde a sua extradição à Suécia por rejeitar o argumento dos advogados de que um pedido de prisão europeu para sua extradição era inválido. Promotores suecos querem interrogar Assange sobre acusações de abuso sexual feitas por duas ex-voluntárias do WikiLeaks em 2010. Assange sempre negou essas acusações, que considera terem motivações políticas.
A aplicação da decisão do Supremo foi adiada, no entanto, a pedido dos advogados do australiano que, baseando-se em um termo técnico legal, alegaram que a Convenção de Viena não foi discutida em matéria de tratados e leis durante o processo legal, apenas especificada na decisão final. A defesa de Assange argumentou, até agora sem sucesso, que o mandado emitido pela Suécia não é válido por ter sido expedido por um promotor, e não por um juiz.
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