Com pistoleiro condenado, Ministério Público quer a identificação do mandante

Doraci Paula foi assassinada com dois tiros depois de ter saído da faculdade

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Joacy foi buscar a vítima na Faculdade Afirmativo e depois a matou
DA REDAÇÃO
O Ministério Público Estadual solicitou que a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa investigue o mandante do assassinato da estudante Doraci Paula de Oliveira Santiago, executada com dois tiros na cabeça. O crime ocorreu dia 3 de março de 2011, em uma estrada de terra na região da Lagoa do Jatobá, em Cuiabá. Pelo assassinato o motorista da Policlínica do Pedra 90, Joacy Gomes Pereira, o Cara de Onça,  foi condenado a 19 anos de prisão. 

Segundo o promotor criminal João Augusto Gadelha, a quebra de sigilo telefônico de Joacy e da enfermeira Benacy Hermes Neves confirmam que ela seja a mandante. O pedido de investigação foi realizado durante o julgamento de Joacy ocorrido na semana passada pelo Tribunal do Júri da Comarca de Cuiabá, presidido pela juíza Mônica Catarina Perri de Siqueira.

No entendimento do representante do MPE, está mais do que evidente de que Benacy contratou Joacy para executar a enfermeira Doraci. A vítima era amante do marido de Benacy, Gilson Barros que confirmou durante o julgamento ter um relacionamento extra-conjulgal com a vítima.

“Esse relacionamento foi esclarecido pelo próprio Gilson em sede policial, e por ocasião da fase processual demonstrando um envolvimento entre todos os envolvidos.  Gilson Barros e Benacy, Joacy e Benacy e Doraci com Joacy”, frisou o promotor.

Cabe lembrar que mesmo condenado a mais de 20 anos pelo assassinato chacareiro José Maria da Rocha, ocorrido em janeiro de 1.995, dentro da enfermaria do Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, Joacy ainda continuava no serviço público como motorista da prefeitura.

“Descobrimos, através de uma quebra de sigilo telefônico que ele (Joacy) agiu a mando de Benecy, que é casada com Gilson e este tinha a vítima Doraci como amante. Trata-se de um emaranhado de amor, ciúmes, traição que resultou no assassinato de Doraci”, resumiu.

Conforme o promotor, Benecy da Silva é enfermeira da Policlínica do Coxipó há mais de 20 anos e conheceu Joacy que trabalhava na Policlínica do Pedra 90. Os dois se tornaram amigos e ao saber que o colega aceita assassinatos sob encomenda, a enfermeira repassou dados de Doraci para Joacy. No aniversário de sua futura vítima, ligou para ela. Ao se aproximar com o pretexto de namorá-la, preparava a execução de mais um crime sob encomenda.

Na noite de 3 de março, Joacy foi buscar a vítima na Faculdade Afirmativo, por volta das 20h30, e a levou para o local citado. Ali, Doraci foi assassinada com um tiro no rosto e outro no tórax. O corpo só foi encontrado três dias depois.

O crime foi descoberto porque uma amiga de Doraci anotou o número das placas do Prisma preto no qual ela saiu. Na checagem, policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa descobriram que pertencia a ex-esposa do pistoleiro. Para chegar até o Joacy, os policiais demoraram poucos dias e também apreenderam a arma do crime – o exame de balística comprovou se tratar do revólver usado no assassinato.

Na Delegacia, Benacy negou que conhecia Joacy, mas a quebra do sigilo telefônico, apontava que entre dezembro de 2010 e a véspera do crime, trocaram 47 telefonemas, suficiente para provar que se conheciam.Mídia News

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