Caso Yoki: advogado quer prova de que filha é mesmo do executivo

São Paulo -  O pedido de exame de paternidade da filha de Elize Matsunaga, assassina confessa do marido, morto e esquartejado, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, num crime brutal que chocou o País, abre mais uma frente de investigações ao rumoroso caso e embate entre os advogados de ambas as partes. A solicitação de exame de DNA será feita hoje pelo advogado da família da vítima, Luiz Flávio Borges D’Urso, e foi classificada pelo advogado de Elize, Luciano Santoro, como “lamentável”. No entender da defesa, o exame só entristece ainda mais o episódio e trará mais prejuízo à menor de 1 ano, que sofrerá mais um trauma.

D’Urso, no entanto, justifica o pedido, afirmando que tudo que diz respeito a Marcos e Elize merece ser investigado, inclusive a filha do casal. Antes da união dos dois, Elize era gartota de programa.

Para o advogado, mais pessoas precisam ser ouvidas no inquérito que investiga o crime. “Ela ficou 12 horas rodando com o veículo com partes do corpo do Marcos dentro. Ela não abasteceu (o carro)? Onde foi que abasteceu? Tem de ouvir o frentista do posto. Tem de ouvir o policial que a parou. A família quer que tudo seja investigado, que tudo seja apurado”, completou,

Ontem, a Polícia divulgou o laudo do IML que aponta a causa da morte de Marcos por traumatismo craniano encefálico produzido por arma de fogo. Elize confessou que o tiro foi disparado por ela a curta distância no lado esquerdo, no dia 19 de maio. Dez horas depois, ela o esquartejou e levou os pedaços do corpo em malas, para despejá-los em três lugares distantes em Cotia, interior de São Paulo.

Elize está presa desde o dia 5 deste mês. A polícia aguarda por outros laudos, como o da reconstituição do crime, que estará pronto em 30 dias.