Rodrigo Geraldo é advogado em Mato Grosso
por Rodrigo Araújo*
Ontem (16.06) recebemos uma notícia muito triste sobre o falecimento do ex- deputado estadual e secretário das Cidades de Mato Grosso, Nico Baracat, que antes de ser político é um cidadão que deixou dois filhos e muitos amigos desolados com uma morte repentina e trágica. Com ele, mais dois pais de famílias que certamente também deixaram filhos e esposas.
Ontem, foram os três, mas, se pesquisarmos rapidamente na internet utilizando o termo “Morte na BR 163 Mato Grosso” vamos encontrar outras famílias que sofreram a mesma dor, perderam pais, mães, filhos, em alguns casos, famílias inteiras foram dizimadas.
Sou profissional liberal e em decorrência da profissão faço o percurso que liga Cuiabá às principais cidades do norte do Estado com frequência, utilizando a BR 163, e devo confessar que, cada vez que deixo minha família com destino ao interior temo ser mais uma vítima e me tornar apenas mais um nas trágicas estatísticas do Estado.
Além do fluxo intenso de carretas, principalmente na época da colheita, nos deparamos com uma estrada sem acostamento, com buracos enormes e sinalização precária.
Até quando???
Por se tratar de uma rodovia federal, em tese caberia ao DNIT a conservação e o reparo, o que evidentemente demora e, por vezes não acontece.
Sempre ouvimos que o condutor do veículo tem grande parcela de culpa nos acidentes de trânsito, contudo, no caso das tragédias ocorridas na BR 163, a estrada não proporciona qualquer chance ao motorista, ou seja, é evidente que há algo errado.
É inadmissível que uma rodovia que é responsável pelo escoamento da produção agrícola, que traz uma riqueza enorme ao País não tenha sequer dois quilômetros de acostamento, o que certamente amenizaria e em alguns casos evitaria que descuidos resultassem em tragédias.
Já passou da hora dos governantes tomarem providências, ao menos medidas mais simples como o reparo da estrada, tapa buracos, construção de acostamento nos pontos críticos, enfim, façam alguma coisa!!!
Não podemos deixar que a BR 163, aqui em Mato Grosso, continue matando. Chegamos ao limite da tolerância.
Se nenhuma medida for tomada, certamente, amanhã ou depois, teremos o desprazer de ver outras famílias chorando a perda de entes queridos, já que se trata de uma tragédia anunciada.
Chegou à hora da população se unir e cobrar para que a rodovia da morte se torne apenas a rodovia do progresso para Mato Grosso.
*Rodrigo Araújo é advogado em Mato Grosso.
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