Após requerimento negado, CPI paralela será criada para ouvir Pagot


R7
Os 13 parlamentares derrotados na tentativa de convocação o ex-diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antônio Pagot, na reunião desta quinta-feira (14) da CPI do Cachoeira, vão criar uma comissão paralela para ouvi-lo.
O requerimento que pedia sua convocação para falar foi rejeitado por 16 votos a 13. Dentre os que queriam a convocação de Pagot há integrantes da base governista.
A comissão paralela deverá ser presidida pelo senador Pedro Simon (PMDB-SP) e os responsáveis pela articulação com o ex-diretor do Dnit são os senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que explicou a estratégia ao R7:

— Queremos tornar público o que ele tem a falar, já que a CPI decidiu omitir isso. Vamos fazer guerrilha.
Randolfe irá telefonar a Pagot ainda na tarde desta quinta para marcar a data de seu comparecimento no Congresso. A expectativa é de que o ex-diretor do Dnit compareça já na semana que vem.
— No mais tardar na outra.
O ex-presidente da Delta Construções, Fernando Cavendish, também teve sua convocação adiada pelos parlamentares da CPI, mas não deve ser convocado pela CPI paralela, como explica Randolfe:
— Cavendish não tem como [convocar], porque ele não que falar, mas o Pagot quer falar.
Pedro Simon disse que já falou com Pagot:
— Conversei com ele ontem por telefone e ele me garantiu que não é um incendiário mas que tem muita coisa para esclarecer e orientar a CPI. E eu terei o prazer de fazer parte dessa comissão.
Os adiamentos foram feitos a pedido do relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), e causaram desentendimentos entre os parlamentares. Ainda não há data para a comissão voltar a tratar do assunto.
Cavendish era o comandante da Delta, empresa que, segundo a F (PPolícia Federal), ocupava papel central no grupo de Cachoeira. Há suspeita de que o contraventor seria, inclusive, sócio oculto da empreiteira. Gravações feitas pela PF flagraram o bicheiro dizendo que comprava senadores com R$ 6 milhões para que a Delta fizesse contratos em qualquer lugar do País.
Pagot, por sua vez, disse em entrevista que PT e PSDB teriam usado verbas públicas para fazer caixa dois de campanha. Ele também afirmou que contrariou interesses de Cachoeira e da Delta quando estava à frente do Dnit, órgão ligado ao Ministério dos Transportes, o que teria lhe custado o cargo.
Ao defender o adiamento das convocações, o relator disse que a comissão deve se focar na análise dos documentos que já tem, e não de convocar novas pessoas "que não tem ligação direta com Cachoeira".

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