A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do Distrito Federal fez hoje (14), em Taguatinga (região administrativa do Distrito Federal), mais uma edição da blitz contra a pedofilia. A ação faz parte do Projeto Brasília sem Pedofilia cuja meta principal, segundo o subsecretário de Promoção dos Direitos Humanos em exercício, Walisson Períneo, é encorajar a população a denunciar.
A blitz contou com a distribuição de material informativo e de uma cartilha que aborda desde o conceito de pedofilia a dicas de como identificar sinais de abuso sexual em crianças e contatos para denúncias. Para o subsecretário, a informação de qualidade é um aliado importante na luta contra a pedofilia. “Temos como objetivo informar aos pais, professores e as crianças para que todos os casos e sinais de abuso sejam percebidos e evitados. A população deve estar atenta e denunciar.”
Para a auxiliar administrativa, Carina da Costa, 18 anos, ações como essa são importantíssimas para diminuir os casos de abuso sexual e exploração de crianças e adolescentes. “A pedofilia ainda é um caso muito comum na nossa sociedade, infelizmente. E para mim ainda existe muito medo por parte dos abusados de denunciar. O governo tem que alertar para esse problema. Devem ser feitas palestras em escolas, e os diálogos com os alunos devem ser franco e aberto, para que contem se sofrerem algum tipo de abuso”, disse Carina.
Segundo o subsecretário, no ano passado, cerca de 40 mil pessoas, entre pais, professores e alunos, participaram da blitz. A meta da secretaria é dobrar esse número de pessoas ao longo do ano. “Vamos realizar essa ação em todas as regiões administrativas do Distrito Federal. No ano passado foram 81 palestras e 24blitzen. Agora, em 2012, vamos muito além desses números.”
De acordo com dados da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH-PR), em 2010 (até junho), foram registradas 13.247 denúncias de abuso sexual contra crianças e adolescentes no Disque 100.
O estado do Rio Grande do Norte tem o maior índice de denúncias, com 19,31 para cada 100 mil habitantes. O Distrito Federal ocupa a segunda posição no ranking, com 12,95. Em terceiro lugar está a Bahia, com 11,22.
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