BRASÍLIA - Em discurso nesta quinta-feira (23), o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) condenou os casos de abuso e violência policiais registrados durante a operação de reintegração de posse na comunidade de Pinheirinho, em São José dos Campos (SP). De acordo com o senador, policiais cometeram abusos e violências física, psicológica, sexual e ao patrimônio de pessoas que habitavam o terreno ocupado.
Suplicy fez um resumo dos debates e testemunhos ocorridos em audiência pública sobre o assunto na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) na parte da manhã. Ele também leu o artigo que escreveu em conjunto com o deputado Ivan Valente depois de ambos presenciarem a desocupação de Pinheirinho.
O senador e o deputado classificaram esses acontecimentos como uma "marcha da insensatez", afirmando que as decisões das autoridades envolvidas resultaram em "truculência, violação dos direitos humanos e desprezo pelos menos favorecidos".
De acordo com Suplicy, a operação envolveu cerca de dois mil policiais e guardas municipais que usaram armas de fogo, balas de borracha, gás lacrimogêneo, spray de pimenta, helicópteros, tratores e viaturas.
- No Pinheirinho e na vizinhança, houve inúmeras pessoas feridas, inclusive uma mulher que levou 12 pontos na boca; um homem de 60 anos que, agredido na cabeça, está até hoje internado na UTI. Ele teve traumatismo craniano, conforme podem testemunhar as pessoas que o viram ser agredido pelos policiais militares; outro homem, conforme mostraram as imagens de TV, foi brutalmente agredido por golpes de cassetetes. Centenas não conseguiram se organizar depois do trauma de fugir da polícia, das bombas e da humilhação - relatou.
Suplicy cobrou dos governos federal, estadual e municipal a resolução das carências de moradia e direitos sociais dos ex-moradores de Pinheirinho.
- Uma sociedade democrática não pode tolerar que o poder público perpetre ações como as ocorridas no Pinheirinho. Tiraram a dignidade daquelas pessoas jogadas na rua, sem saída - afirmou.
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