Várzea Grande, MT, – Para frear o que consideram um processo em curso de privatização do departamento de água e esgoto de Várzea Grande, organizações da sociedade civil começam a coordenar ações conjuntas. Elas denunciam a aplicação “de diversas formas sutis” que tendem a deixar este recurso fora do controle estatal. Mesmo admitindo que o diagnóstico sobre a situação do controle da água ainda não está claro, o seguimento civil e organizado liderado pela associação de moradores, Elias Domingos na presidência de Vanderlei Pimenta, realizará o 1ª debate comunitário sobre concessão do DAE – Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande.
O debate será realizado na sede da Aspovag,na avenida: Castelo Branco,ao lado da câmara municipal,dia 24/02/12, das 18:00 h ás 22:00 h.
Para o líder comunitário José da Silva Santos, é preciso o prefeito Tião da Zaeli (PSD),convocar um referendo em Várzea Grande, como o realizado em 2004 no Uruguai, que foi aprovado o controle social dos recursos hídricos do país, ou, mais recentemente, na Itália. Entre outros pontos submetidos a votação, 95% dos que participaram da consulta optaram pelo NÃO à privatização da água. “Queremos que o governo se ocupe do serviço de águas e do recurso, de modo geral”, destacou o José.
“O foco principal do debate é que a água é um bem público e um produto fundamental para a vida e a saúde. Portanto. não pode ser transformada em produto básico de caráter econômico”.
Serão apresentados testemunhos de autoridades de diversos países, a começar pela Inglaterra, onde a experiência de gestão privada dos serviços de água e esgoto não deu certo e tiveram que ser reestatizados.
Preocupação mundial
A discussão em torno do modelo de gestão para o tratamento de água e esgoto está se tornando uma das grandes pautas da década. O assunto com o qual os matogrossense vêm se deparando na imprensa, nos municípios e nas audiências públicas é uma preocupação mundial.
Nos últimos anos, tanto a Europa quanto a América Latina passaram por profundos debates sobre qual o caminho a seguir na questão do saneamento. França, Itália, Bolívia, Argentina e Uruguai são exemplos de países que discutiram amplamente o modelo de gestão dos serviços de abastecimento de água e optaram por mantê-lo sob controle público.
Em alguns casos, os serviços, que foram privatizados, voltaram a ser públicos, em função de reajustes abusivos das tarifas e da exclusão de segmentos da população pobre. Em Paris, os serviços de água foram remunicipalizados em 2010, depois da privatização comandada por Jacques Chirac em 1985, cujo resultado foi a apropriação dos lucros pelos controladores privados, em detrimento dos investimentos.
Fonte: MT24HorasNews
Autor: João Batista de Oliveira (Joãozinho)
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