Em e-mail encaminhado para a reportagem do VG Notícias, o engenheiro civil da empresa paulista Engepassos Construtora Ltda, Roberto Mangabeira, denunciou que a Prefeitura de Várzea Grande não tem comprometimento com o crescimento da cidade. Segundo ele, a falta de um estudo técnico para alterar a lei de uso e ocupação do solo do município tem feito com que a cidade deixe de crescer.
De acordo Mangabeira, em outubro do ano passado a Construtora deu início a um estudo para implantação de um residencial com cinco blocos de quatro andares, em Várzea Grande, na região do bairro Vila Pirineu. Porém, foram barrados pela burocracia e descaso dos gestores municipais.
“Para nossa surpresa, ao efetuarmos a Consulta Prévia da área onde será implantado o empreendimento, fomos informados que, de acordo com a Lei de Uso do Solo do Município em vigência, a altura máxima permitida para construção restringiu o nosso estudo a apenas dois Pavimentos ( térreo + 01 Pavimento )”, informou o engenheiro, explicando que “com o aquecimento da construção civil o preço dos terrenos foram elevados significativamente” e isso “obrigou as construtoras a buscarem uma verticalização cada vez maior em seus empreendimentos para a diluição do custo entre as unidades”.
Ainda segundo o engenheiro, o presidente da Agência de Habitação Municipal, na época, Benedito Gonçalo Figueiredo – popularmente conhecido como Dito Loro, disse ter conhecimento da Lei e que devido a ela muitas empresas deixaram de investir na cidade. E ainda, que essa norma seria o motivo de até nos dias de hoje, Várzea Grande não possuir um Shopping Center.
“Estivemos reunidos na época com o Presidente da Agência de Habitação Municipal e o mesmo nos informou que a Lei estaria sendo alterada, pois o Município estava sendo prejudicado com muitos empreendimentos, tanto empresas da região, bem como de fora do Estado, paralisados devido a restrições existentes na lei em vigor, dentre eles o Shopping Center, que além da estrutura comercial ainda contará com duas torres, sendo uma de salas comerciais e outra que contemplará um hotel”, relata.
Ele conta que Dito Loro se comprometeu a concluir o estudo para alteração da Lei em fevereiro deste ano, e ainda, que a Lei estaria pronta e embasada em um estudo técnico – este elaborado pela UFMT, para ser colocada em pauta de votação assim que a Câmara retornasse do recesso de final de ano.
No entanto, o prometido não foi cumprido, e o descaso foi tanto, que a unidade escolhida para fazer os estudos, a UFMT, não deu sequência por falta de pagamento.

“Para surpresa de todos, tanto empresários como da população em geral, começou a guerra entre Câmara e prefeito, o que resultou no que todos viram, um verdadeiro descaso por parte dos políticos para com a sociedade em que vimos um entra e sai de prefeitos sem precedentes. Tudo ficou paralisado, e para completar o descaso, ficamos sabendo de que a UFMT iniciou os estudos, porém não deu continuidade devido a Prefeitura não ter firmado o convênio com a UNISELVA para pagamento”.
Para tentar solucionar o impasse, o engenheiro disse que encaminhou à Procuradoria do município ofícios explicando a situação, questionando a aplicação da Lei e pedindo para que fosse tomada alguma providência com relação ao assunto.
A pressão surgiu um efeito. A Agência de Habitação, através de seus técnicos elaboraram as devidas alterações na Lei e foram levadas para uma reunião do Conselho – vindo a ser aprovada e seria levada para uma audiência Pública que seria realizada em 22 de junho. Porém, Mangabeira disse que obteve informações, de que a Promotora do Meio Ambiente do Ministério Público compareceu na reunião e disse que o MPE não aceitaria as alterações na Lei sem a apresentação de um estudo Técnico.
“Diante deste fato, o conselho achou por bem não aprovar e solicitou ao Prefeito contratar uma empresa para realizar o serviço, ou seja, voltou tudo a estaca zero. Ai nós perguntamos, até quando isto vai se estender? Quando tal estudo ficará pronto? Será que ninguém enxerga que o prejuízo é para todos?”, indagou.
Fatos como esse é que atrasam o crescimento de Várzea Grande. O município que antes era conhecida como “Cidade Industrial”, hoje leva nome de chacota de “Cidade Dormitório”. A ingerência tomou conta do Poder Público e este quadro só poderá mudar em 2012.
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