Da Reportagem Local - Jardel Arruda/ Da Redação - Lucas Bólico
O governador Silval Barbosa (PMDB) afirmou que não cogita uma nova mudança na Secretaria de Cultura após segmentos ligados aos Direitos Humanos pressionarem-no pela exoneração da atual secretária, Janete Riva (PSD), cujo nome consta da chamada lista suja do trabalho escravo no Brasil.
Entidades querem saída de Janete por lista suja do trabalho escravo
O governador afirmou na tarde desta quarta-feira (20) que confia em Janete, esposa do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Geraldo Riva (PSD). A atual secretária de cultura foi incluída na lista suja no ano passado, antes de assumir a pasta.
“Esse processo ainda corre na Justiça e eu não quero me precipitar”, esquivou-se o governador. “Nessa operação, a Jurupari tem mais de 600 pessoas envolvidas e algumas eu tenho certeza da inocência”, completou o peemedebista.
“A Janete defende a inocência dela, isso é o que ela alega e eu acredito nela. Eu quero acreditar nela. Além disso, ela convida a todos que fazem essas criticas para ir visitar a fazenda dela e ver como é o modelo de propriedade rural que respeita o meio ambiente e toda as legislação”, finalizou Silval Barbosa.
Por meio de nota, Janete rebateu as acusações e afirmou ter sido incluída na lista suja do trabalho escravo de forma errônea. Segundo ela, tudo aconteceu devido a um “problema” com uma empresa contratada para trabalhar na propriedade.
Janete ainda convida os membros do Fórum de Direitos Humanos e da Terra para visitar a fazenda, que, segundo ela defende, seria referência na região de Juara pelas boas instalações. A peessebista ainda se diz vítima de perseguição política.
A iniciativa de pedir a saída de Janete da pasta é encabeçada pelo Fórum dos Direitos Humanos e da Terra e de Mato Grosso . Comungam da iniciativa mais 40 entidades, segundo as quais a nomeação de Janete Riva põe em cheque as intenções do governador em combater o trabalho escravo.
"Esta nomeação vem a questionar as verdadeiras intenções do Governo do Estado em relação ao combate ao trabalho escravo e, simultaneamente, a desvalorizar as ações e vitórias até aqui conseguidas com muito esforço de todas as entidades que lutam pela erradicação do trabalho escravo", diz trecho do documento.
A secretária, esposa do presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PSD), foi adicionada a lista de empregadores de trabalho escravo devido a uma ocorrência de 2010. Na ocasião, uma fiscalização do Ministério do Trabalho resgatou sete trabalhadores em situação análoga ao trabalho escravo na fazenda Paineras, em Juara, de propriedade dela.
Com mais de sete mil hectares, a Fazenda Paineiras reserva cerca de 1,8 mil hectares para a criação de aproximadamente 3,5 mil cabeças de gado bovino. Três dos trabalhadores da fazenda estariam alojados em um barraco de lona e outros quatro ocupariam um abrigo de madeira em condições precárias.
Eles também não teriam camas ou colchões, sendo obrigados a dormir em espumas improvisadas. As frentes de trabalho e os alojamentos não teriam instalações sanitárias e não havia cozinhas disponíveis.
http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?noticia=Silval_ignora_pressao_e_banca_permanencia_de_Janete_Riva_na_Secretaria_de_Cultura&id=307809
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