Silval defende Janete Riva; exoneração está descartada


Fórum de Direitos Humanos pediu a demissão de secretária de Cultura de MT

Secom-MT
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Secretária de Cultura, Janete Riva, que permanece no cargo, segundo governador
ISA SOUSA
DA REDAÇÃO
O governador Silval Barbosa (PMDB) desconsiderou a possibilidade de exonerar a secretária de Estado de Cultura, Janete Riva. Na quarta-feira (20), o Fórum de Direitos Humanos e da Terra de Mato Grosso encaminhou uma nota pedindo a saída “imediata” da titular da pasta.

O motivo alegado pela entidade e mais 41 instituições ligadas a movimentos sindicais, igreja e meio ambiente, é que sete pessoas teriam sido libertadas de trabalho análogo à escravidão na Fazenda Paineiras, de propriedade da secretária, em julho de 2012.

Localizada Juara (709 km ao Norte de Cuiabá), a fazenda também é alvo de investigações sobre extração, transporte e comércio ilegal de madeira da Justiça Federal. A Paineiras foi alvo da Polícia Federal, durante a Operação Jurupari, em 2009.

Os danos foram estimados em R$ 900 milhões e Janete Riva, inclusive, foi presa à época.

Atualmente, a secretária está na lista de réus acusados de formação de quadrilha, desmatamento ilegal, falsidade ideológica e furto de madeiras de áreas protegidas na região Norte do Estado. Lei maisAQUI.

De acordo com Silval, qualquer decisão em relação ao pedido das entidades "é precipitada".

“A Janete garante que está tudo dentro da legislação, que sua propriedade é modelo. A secretária, inclusive, convidou pessoas e a Justiça para conhecer o local. Ela está dentro da normalidade e eu não vou tomar nenhuma decisão precipitada”, disse Silval ao MidiaNews.

Em relação à Operação Jurupari, o governador comentou que esperará a ação ser julgada.

“Ninguém sabe o que acontecerá. Essa operação envolveu mais de 600 pessoas e está tudo correndo na Justiça. Vou deixar o processo ser finalizado, tramitar em julgado, até a ultima instância para comentar”, completou.

Paulo Lessa

A respeito do pedido de exoneração do secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), desembargador aposentado Paulo Lessa, o governador Silval Barbosa afirmou que já esperava isso.

“Quando convidei o Paulo Lessa, ele me disse que ficaria por um tempo no Governo. Com seu conhecimento e capacidade, ele estruturou a secretaria e fez um grande trabalho, ficando até mais do que o esperado”, disse.

Conforme Silval, Lessa reveou que vai comandar, com um filho, um escritório de advocacia.

A pasta ocupada pelo magistrado foi criada em 2011, após desmembramento da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). No lugar de Lessa, assumiu Luiz Possas de Carvalho, advogado do PMDB.

Na avaliação do governador, apesar de problemas estruturais, o setor avançou nos últimos dois anos em Mato Grosso.

“O sistema prisional, hoje, é um problema sério em todo o país. Se as cadeias estão lotadas é porque a Polícia, o sistema de segurança, está trabalhando e punindo os infratores. Hoje, nós temos mais de 12 mil detentos no estado, infelizmente, mas esses são os números", disse.

“Recentemente, abrimos um sistema em Pontes e Lacerda, estamos construindo um em Juína, outros em Várzea Grande e Peixoto de Azevedo. Aqui na Capital, ampliamos nossas estruturas e também queremos criar uma Parceria Público Privada para mais duas mil vagas. Chamamos mais de 700 agentes prisionais por meio de concurso. É lógico que poderia estar melhor, mas nos falta capacidade de mais investimentos”, completou o governador.


Mídia News

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