Rússia financia campanha contra a pedofilia na internet


País destinará US$ 466 mil a operação de combate ao crime

Na sequência de um escândalo de pedofilia envolvendo um popular blogueiro na Rússia, autoridades do país ordenaram uma investigação contra a promoção do abuso infantil em blogs e redes sociais da internet. Um orçamento inicial de, aproximadamente, US$ 466 mil foi atribuído à operação, segundo o jornal Izvestia, que citou o chefe do departamento de segurança de Moscou, Aleksey Mayorov.
O orçamento seria usado principalmente em uma extensa pesquisa para descobrir a rede da pornografia infantil em blogs, redes sociais e, basicamente, em qualquer mídia eletrônica. Blogueiros voluntários também poderão ajudar no projeto por meio da denúncia de sites e usuários suspeitos.
Ultimamente, as autoridades russas estão prestando maior atenção ao problema do abuso infantil. Recentemente, a Duma, câmara baixa do parlamento, deu sua primeira aprovação a uma lei que prevê punições mais duras para o tráfico de crianças e está prestes a criar novas regras para o cuidado dos órfãos, na medida em que a pobreza é um dos principais fatores que leva os pequeninos às mãos de criminosos.
O problema foi destaque recentemente quando um dos blogueiros profissionais mais populares da Rússia, Rustem Adagamov, que também é ativista da oposição, foi acusado publicamente por sua ex-mulher de ter abusado sexualmente de uma menina de 12 anos de idade.
No entanto, o chefe de segurança de Moscou disse que o caso do blogueiro não foi o motivo por trás da campanha oficial antipedofilia. Segundo ele, os especialistas do governo vão trabalhar com casos futuros e com pedidos da polícia russa, enquanto que as alegações contra Adagamov vêm da Noruega e envolvem cidadãos noruegueses.

Comentando a iniciativa, o especialista em blogosfera Anton Nossik disse ao Izvestia que a luta contra a pornografia infantil é importante, mas deve ser realizada pela polícia e não por autoridades municipais. No ano passado, o Ministério do Interior da Rússia lançou seu próprio projeto para detectar os distribuidores de pornografia infantil em redes sociais e redes peer to peer. A operação resultou em cerca de 170 casos criminais, mas, entretanto, as estatísticas anuais mostraram que os crimes contra as crianças continuam em ascensão.

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