"É uma pouca vergonha". A afirmação foi feita na manhã de hoje pelo prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), ao desabafar sobre a péssima qualidade das obras de pavimentação asfáltica executadas na cidade durante a gestão do ex-prefeito Chico Galindo (PTB) através do programa denominado de "Poeira Zero".
Durante entrevista ao programa Chamada Geral (Rádio Mega FM 95,9) na manhã de hoje, o prefeito socialista fez um balanço dos dois meses a frente do palácio Alencastro. Mauro Mendes criticou a qualidade do asfalto feito pelas empresas após tomar conhecimento de uma denúncia feita pelo professor Alfredo Mota Menezes de que ruas no bairro Santa Rosa que haviam sido pavimentadas em dezembro do ano passado já se encontram praticamente "destruídas".
O prefeito socialista explicou que encontrou R$ 40 milhões em dívidas deixadas por Chico Galindo só referentes ao programa que previa asfaltar 40 bairros. "Tenho que pagar estas dívidas, mas só receberão as empresas que refizerem o serviço onde estiver errado. A lei dá uma garantia de cinco anos para obras públicas. Ou o empreiteiro refaz o serviço ou não recebe", disse.
Mauro Mendes ainda considerou a malha viária de Cuiabá como problemática. "Hoje, a cidade tem 1,4 mil quilômetros de asfalto e 700 por asfaltar. Um fato que me preocupa é que 80% das ruas e avenidas asfaltadas receberam as obras há mais de 20 anos e está deteriorada", assinalou, ao revelar que pretende viabilizar recursos junto aos governos estadual e federal para recuperar ainda neste ano 300 quilômetros de asfalto.
De acordo com o prefeito, virou uma prática como de empreiteiras fazerem "serviço pela metade". Ele apontou que metade dos postos de saúde e escolas de Cuiabá que foram reformadas recentemente já passam por problemas estruturais.
"O cidadão não aguenta mais pagar pelo serviço mal feito", destacou, ao acrescentar que "vou exigir que façam serviço de gente e vou mostrar para a sociedade quem trabalha certo e quem não trabalha".
Perda de recursos
Durante a entrevista ao radialista Lino Rossi, o prefeito da capital do Estado revelou que Cuiabá corre o risco de ter que devolver R$ 20 milhões a União diante da má execução de obras viabilizadas através de convênios. Como exemplo, ele citou a revitalização da Ponte de Ferro, onde o Governo Federal repassou R$ 5 milhões em 2007 na gestão do ex-prefeito Wilson Santos (PSDB) e a obra está hoje abandonada.
"A empreiteira paralisou as obras e sumiu do mapa", comentou, ao reclamar que "além de administrar os problemas de hoje tenho que cuidar das mazelas do passado, mas fui candidato a prefeito sabendo dos desafios e vamos conseguir vencê-los de forma gradativa".






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