‘Jamais fiz mal a ninguém’, diz ex-policial em carta de despedida


O Comércio teve acesso a uma cópia da carta encontrada junto ao corpo do ex-policial rodoviário Ronilson de Melo Neto, 38, indiciado pelo estupro de uma dona de casa de 47 anos e encontrado morto em seu carro no último fim de semana, em Sacramento (MG).


No trecho legível da carta, o ex-policial explica o possível motivo do suicídio. “Estou indo embora, não pelo fato [estupro], pois sei que é difícil de provar minha inocência, estou indo pelo fato de que não suportarei a vergonha perante minha família e amigos, pois sempre fui um exemplo e jamais fiz mal a ninguém.”

A cópia foi cedida pelo irmão do ex-policial, o pedreiro Adilson Castro Filho, 35. Ele alega que o irmão é vítima de acusações falsas e que, na realidade, mantinha um relacionamento amoroso com a dona de casa desde dezembro de 2011.

Segundo a delegada da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), Graciela Ambrósio, quando o inquérito foi instaurado, em julho do ano passado, a queixa foi feita como crime de autoria desconhecida e que, somente após um extenso processo investigativo, que contou com filmagens e recolhimento de provas materiais, chegou-se ao indiciado. “Essa versão não tem lógica. Todas as vezes em que foi ouvido, o suspeito dizia não conhecer a vítima, agora o irmão diz que ele mantinha um relacionamento com ela?”, indaga Graciela.

A dona de casa é portadora da doença degenerativa de Parkinson, que, entre outros sintomas, provoca espasmos musculares e compromete a coordenação motora. Ao divulgar o caso semana passada, quando terminou as investigações, a delegada se enga-nou ao dizer que a vítima sofria da doença de Alzheimer, que provoca perda de memória.

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