FIM DE CASO Mauro e Chico: divórcio amigável ou litigioso?

alindo defendeu investimento no enredo da Mangueira e disse que Mauro enxerga a cidade pelo retrovisor ao fazer uma leitura equivocada dos números. O ex-prefeito contribuiu para a eleição de uma bancada expressiva o que aponta um divórcio litigioso.

Itamar Perenha  / Cuiabá-MT
Começaram a campanha com o jeito próprio de amantes: amavam-se às escondidas. O romance não poderia aparecer pela possibilidade de um escândalo.
Um estava no poder e tratava de projetar mais adiante a própria carreira sem dar muita importância aos corações que pudesse partir. De forma até cínica se dispunha a oferecer lencinhos para enxugar as lágrimas quando alguém descobria a traição.
O outro aspirava ao poder e tinha uma disputa difícil ainda que estivesse disposto a penhorar até os brilhantes para chegar ao lugar ambicionado. Ouro e brilhantes não lhe faltavam, tanto em sentido figurado quanto literal.


A sedução do poder
Como o poder seduz e o “poder absoluto seduz, absolutamente” houve espaço para a composição futura depois de descartados os amigos de ocasião e defenestrados os inimigos capazes de se interpor nessa união que, apesar de clandestina, tinha tudo para prosperar.
E, de fato, prosperou. Não faltaram elogios, juras de amor e fidelidade eternos que duraram até a apuração do último voto.
A partir daí a relação iniciou um processo de mudança gradativo.
À medida que o poder se afastava de um e se aproximava de outro a evolução acontecia de forma diferente e com outra natureza.
Surgiram os primeiros desencontros.
Depois os desmentidos.
Aí o indisfarçável deixou a clandestinidade até cada um decidir seguir o próprio rumo.
Divórcio amigável um litigioso?
As relações de Chico Galindo e Mauro Mendes entraram para um campo duvidoso em que marcham para um divórcio litigioso.
As farpas trocadas não deixam mais dúvidas. A prudência instrumental recomenda ao prefeito em exercício deixar de lado o voluntarismo excessivo e conter a arrogância que coseguiu, com boa dose de marketing, esconder durante a campanha.
O mote da competência empresarial, fio condutor de um bom expediente político-eleitoral vem dando lugar à inexperiência administrativa no setor público onde as normas exigem ponderação nas iniciativas.
A defesa de Galindo
Galindo procura não demonstrar preocupação com o futuro político para evitar um desgaste precoce com os futuros adversários. Cravou uma boa base com a eleição de uma bancada densa que extrapola a dimensão do PTB.
Foi além. Encarnou o próprio PTB no exercício de sua presidência de onde poderá manipular os cordéis que o conduzirão, com facilidade, a um mandato legislativo em âmbito estadual e, até pela ausência de lideranças, a uma eventual vaga na Câmara Federal.
Galindo defendeu a veracidade dos valores financeiros que deixou em caixa contabilizando, em seu favor, verbas de convênios, repasses em vias de consecução e recursos avocáveis de outras fontes.
Usou o “regime de competência” para diferir as despesas. Foi assim que justificou a trucagem do sucessor que incorporou no balanço apresentado à imprensa onde acrescentou as despesas relativas a dezembro e pagas em janeiro.
Usou e abusou do “regime de caixa” mais ao sabor da iniciativa privada e facilitador da prestidigitação que, como um mágico, tentou iludir os menos avisados.
Galindo se defendeu bem.
O voluntarismo de seu sucessor se incumbiu de produzir o desgaste que, agora, vem com o troco de uma defesa encarniçada da mais bela vitrine da gestão anterior: o “Poeira Zero”.
“Conclusões nada conclusivas”
A culpa pelo mau começo da gestão de Mauro Mendes deve ser atribuída a Paschoal Moreira Cabral, fundador de Cuiabá, que, certamente, para dar o mínimo de organização política e fazer o arremedo de cidade funcionar deve ter contraído algumas dívidas que, por certo, refletem-se, ainda, no balanço apresentado pelo novo gestor cuiabano.
Bem provável, portanto, que a lição deixada por Galindo que conseguiu incrementar a Dívida Fundada da Prefeitura em 28% durante sua curta gestão, embora tenha realizado as obras que julgou necessárias, possa ser absorvida pelo seu sucessor.
E, não se fez de rogado para deixar um bom conselho ao sucessor: “que se vire como ele se virou”!
Bem provável, portanto, que o “caso” evolua para um “divórcio litigioso”.
 
Charge Galindo: Generino Arte e entretenimento.
http://generino.blogspot.com.br/
Charge Mauro: Mad Man

Fonte:http://www.turmadoepa.com.br/conteudo/show/secao/1/materia/1947

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