Além de fantasmas, havia aposentados e falecidos na folha de pagamento do município
O prefeito Mauro Mendes (PSB) determinou o bloqueio do salário de 169 servidores efetivos que recebiam sem trabalhar. As irregularidades foram detectadas em um processo de recadastramento que teve início no dia 21 de janeiro, com o objetivo de “caçar fantasmas”.
No total, 1.563 servidores deveriam comparecer ao recadastramento até 1º de fevereiro. Destes, 1.394 realizaram o cadastro ou justificaram a ausência por estarem de férias ou licença médica, e receberão normalmente os seus salários.
Em janeiro, 52 servidores não compareceram à primeira fase do recadastramento e tiveram seus salários bloqueados naquele mês. Em fevereiro, foram constatados outros 169 ausentes.
O recadastramento segue até o dia 15 de março, apenas para servidores das secretarias de Educação e Saúde, nos setores de Recursos Humanos das respectivas pastas.
A Secretaria de Gestão encaminhará para cada secretário uma lista com os servidores que não justificaram a ausência no recadastramento. Quem teve o salário suspenso deverá recorrer ao secretário de sua pasta para revogar o bloqueio dos vencimentos.
A medida, segundo a secretária de Gestão, Adriana Barbosa, é para certificar se o servidor que teve o salário cortado está, de fato, trabalhando.
As pastas com maior número de servidores com salários bloqueados são a de Meio Ambiente, que somou 40 servidores sem recadastrar, e a de Esportes, com 29.
Todo o quadro de servidores das secretarias de Comunicação e Turismo e do Gabinete do Prefeito e da Ouvidoria já está recadastrado.
Aposentados e falecidos
De acordo com Adriana Barbosa, cinco servidores que foram aposentados compulsoriamente, por terem completado 70 anos de idade recebiam, o salário e a aposentadoria ao mesmo tempo.
Dois deles acumularam os vencimentos desde outubro do ano passado, um se aposentou em dezembro e o outro estava irregular desde julho.Um dos servidores, porém, acumula o salário e a aposentadoria desde agosto de 2009.
Foi detectado, também, o caso de um servidor que faleceu em novembro passado, mas, devido à falta de comunicação entre a pasta onde ele trabalhava e a Secretaria de Gestão, dois salários ainda foram depositados na sua conta.
A Prefeitura vai apurar, também, a denúncia de que uma servidora estaria morando em outro país desde o ano de 2010 e, mesmo assim, recebia o salário normalmente.
Na avaliação do prefeito Mauro Mendes, a "faxina" na folha de pagamento ajudará a cortar gastos e a distribuir melhor o trabalho.
“Além de significar um gasto para os cofres públicos, sem gerar nenhum resultado, esse servidor joga todo o serviço nas costas dos que de fato trabalham”, afirmou.
Ressarcimento
A prefeitura estuda a possibilidade de pedir aos servidores “fantasmas” o ressarcimento do prejuízo causado aos cofres públicos.
De acordo com a Secretaria de Comunicação, os casos serão avaliados individualmente para verificar a necessidade e a possibilidade de reaver os valores.
Midianews
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