r Assessoria de Imprensa Mauro Mendes 40
Ao se desfiliar do PT, Serys Slhessarenko declarou ter sido "perseguida, isolada e humilhada" por membros do grupo majoritário do partido, do qual fazem parte o candidato Lúdio Cabral, um de seus coordenadores de campanha, deputado estadual Alexandre Cesar, e o ex-deputado federal Carlos Abicalil. Em seguida, Serys anunciou que irá votar em Mauro Mendes (PSB) no dia 28 de outubro.
"Esse PT do Lúdio, de Alexandre Cesar e Abicalil é o PT que discrimina, que não gosta das mulheres na política, especialmente daquelas que não se submetem. É o PT dos acordos espúrios com gente da pior qualidade, é o PT que na ganância pelo poder espezinha, maltrata e não hesita em chegar às últimas consequências", declarou.
Emocionada por deixar a sigla após 23 anos de militância, Serys acusou os ex-companheiros de desrespeitar as mulheres. "É discriminação esse isolamento em que me colocaram".
A ex-senadora afirmou ainda que o grupo que apoia Ludio Cabral está em busca do "poder pelo poder", atitude que ela condena. "Eu não quero o poder a qualquer preço, como muitos companheiros, que estão fazendo qualquer aliança por dinheiro", disse, em uma referência clara a apoiadores de Ludio, como Eder Morais.
Ao final da coletiva, diversas mulheres que também deixaram o partido, protestaram, cantando: "O Lúdio é machista. Mulher tome cuidado para não entrar na sua lista".
Noise Pereira Rocha, que também deixou a legenda, disse que Lúdio Cabral está sendo oportunista ao explorar em sua campanha uma declaração de carinho feita pelo candidato a prefeito Mauro Mendes (PSB) à sua esposa.
Ex-dirigente do diretório municipal do PT de Cuiabá, Marina de Moraes citou a atitude de Lúdio contra Serys como fato que prova seu desrespeito com a classe feminina. "Isso, sim, é desrespeitar uma mulher".
HISTÓRICO – Serys se filiou ao PT em 1989 e no mesmo ano se elegeu deputada estadual, sendo reeleita em 1994 e 1998. Em 1996, foi impedida pelo grupo majoritário do partido de concorrer ao cargo de prefeita da Capital. Em 2002, foi a primeira mulher de Mato Grosso a se eleger senadora da República.
Em 2006, disputou o governo do Estado sem o apoio do grupo petista. Em 2010, foi impedida de concorrer à reeleição e no mesmo ano destacou-se por ter sido a primeira mulher no Congresso Nacional a relatar a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Geral da União. Atualmente, Serys não ocupa nenhum cargo político.
