Pedro Taques denuncia uso político da Polícia Militar de Mato Grosso


Da Redação
O senador Pedro Taques (PDT) criticou o suposto uso político da Polícia Militar de Mato Grosso para favorecer o candidato a prefeito de Cuiabá Lúdio Cabral (PT). “A Polícia Militar de Mato Grosso é uma instituição de respeito. Sua imagem não pode ser arranhada por pessoas que querem usar a máquina para ganhar eleição. O chefe da Casa Militar, coronel Macedo, está expondo a PM ao ridículo. Isso é abuso do poder político, isso é ilegal”, disse Taques durante coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (26.10).
Conforme informações repassadas em coletiva de imprensa da coligação “Um novo caminho para Cuiabá”, o coronel Macedo, chefe da Casa Militar e ex-chefe de gabinete do governador Silval Barbosa (PMDB), participou de uma armação contra a coligação do candidato Mauro Mendes (PSB).
Na noite desta quinta-feira (25.10), um coordenador da campanha de Mauro Mendes foi detido no bairro Cidade Alta enquanto fazia a lista de presença dos cabos eleitorais, contratados em conformidade com a legislação eleitoral, que partiriam para um “bandeiraço”. Conforme relato do coordenador, houve uma abordagem da Polícia Militar, que checou a lista de presença e não verificou nenhuma ilegalidade. No entanto, o coronel Macedo, que estava acompanhando a operação, determinou que o coordenador de Mauro Mendes fosse preso. Já no Cisc Planalto, o delegado liberou o coordenador, confirmando que não havia nenhum indício de ilegalidade.
O senador Pedro Taques elogiou a postura do delegado plantonista. “Quero parabenizar o delegado de polícia do Cisc, que é um homem de bem. Porque se fosse um fantoche, teria aceitado a ordem desses que exercem poder no Estado, tudo isso pra ganhar uma eleição. A Polícia Militar merece respeito, ela não é guarda daquele que está disputando eleição, não é segurança privada. A Polícia Militar é uma instituição centenária, o que este coronel fez é vergonhoso”, pontuou o senador.
Conforme verificado pela assessoria jurídica do candidato Mauro Mendes, a denúncia falsa de compra de votos foi realizada pelo sargento Willian Dias, que faz a segurança pessoal do ex-secretário de Estado e atual coordenador da campanha petista, Éder Moraes. Durante a coletiva, o senador Pedro Taques questionou qual é o limite de uma campanha eleitoral, alertando que a mentiras não são aceitas pela população. “Qual é limite para se ganhar uma eleição? Vale mentir e usar o aparelho do Estado? A Polícia Militar merece respeito”, reforçou o senador.