O Ministério Público de Mato Grosso do Sul por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Nova Andradina, após investigação realizada pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), ofereceu denúncia contra J. R. G. e T. dos S., pela prática dos crimes de estupro de vulnerável e favorecimento à prostituição.
A operação que desencadeou o oferecimento da denúncia e a expedição dos mandados de prisão preventiva contra os acusados durou cerca de dois meses e incluiu, além das oitivas da vítima e de diversas testemunhas, relatório psicológico e medida cautelar de interceptação telefônica que garantiram farto material probatório para a denúncia oferecida pelo parquet.
Durante todo o período de investigação, a vítima teve acompanhamento especializado, tendo relatório psicológico oriundo desse acompanhamento concluído pela ocorrência dos abusos sexuais e pela participação dos acusados.
De acordo com a investigação, no período compreendido entre os anos de 2008 a 2011, T. dos S. intermediou, mediante pagamento, encontros sexuais de sua filha, L. D. dos. S. S., então com apenas nove anos de idade, com J. R. G., advogado militante em Nova Andradina. Tais encontros ocorreram, em sua maioria, no próprio escritório de advocacia do acusado e, em uma oportunidade, em um motel de Campo Grande.
A prisão preventiva dos denunciados foi decretada para o fim de assegurar a conveniência da instrução criminal, tendo em vista terem os mesmos sido flagrados, em conversas telefônicas, objetivando coagir a vítima a mudar a versão apresentada, bem como forjando provas no sentido de se verem livres das acusações.
A denúncia foi oferecida na manhã desta segunda-feira (29) e os acusados continuam custodiados na Cadeia Pública de Nova Andradina.
O processo criminal tramita na Vara Criminal de Nova Andradina sob segredo de justiça, motivo pelo qual a identidade dos envolvidos deverá ser preservada.