Aliado do governador e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado afirma que repasse aos poderes é constitucional, mas adverte que governador deveria priorizar saúde, educação e segurança
NOELMA OLIVERA
Primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Mauro Savi (PR) expõe a crise no governo do Silval Barbosa (PMDB) e reafirma ontem (24) a sua posição de manter as votações obstruídas no Legislativo até o governador apresentar explicações e priorizar pelo menos o atendimento à saúde.
“Tem que priorizar ações. Obra você para, estradas conseguem segurar, agora a questão da saúde, educação e segurança não tem como segurar porque mexe com gente”, afirmou o parlamentar, durante entrevista ao vivo para Rádio Sorriso.
São várias as situações citadas pelo parlamentar que expõem a crise que atinge todas as áreas da gestão pública, exceto a arrecadação.
Os repasses aos poderes constituídos sobre o excedente são constitucionais, mas, conforme Savi, podem esperar até o fechamento do exercício. Recentemente, o governo repassou R$ 35 milhões à Assembleia Legislativa a esse pretexto.
“Nós estamos sem dinheiro para fazer vistoria da Secretaria de Meio Ambiente, que vai nos gerar arrecadação. Em um manejo médio hoje de mil hectares, o Estado recolhe quase R$ 1, 7 milhão. Não estamos pagando lacre do Detran, estamos sendo despejados em pátio por falta de pagamento de aluguel e estamos falando de um órgão que arrecadou este ano mais de R$ 200 milhões”, relata o parlamentar.
“Onde está o dinheiro? Só na folha de pagamento? Aí foge do meu conhecimento, mas logicamente estamos atrás”, se indigna o parlamentar, que integra a base de sustentação do governador Silval.
“Houve um repasse do excedente de arrecadação a todos os poderes, o que é regimental. Agora, o que nós estamos estranhando é que não se paga as contas. E digo que a questão mais séria é a saúde”, relata Savi.
Ele defende que, neste momento, o governo priorize a saúde. “Assim se dará um pouco mais de conforto, um pouco de mais de condições à população ser bem tratada”, defende.
O deputado disse que esteve ontem com o secretário de Estado de Saúde, que fez pagamento de cerca de R$ 27 milhões aos municípios.
Contudo Savi, o montante é considerado pequeno diante dos atrasos. “Tem que repassar para todos municípios porque automaticamente Cuiabá recebe a sobrecarga”, explica o parlamentar.
"Existe hoje um descontentamento muito grande - não da classe política - mais de todo o Estado de Mato Grosso com a maneira como as coisas estão acontecendo nesta administração, sem priorizar, sem um pulso mais forte. Sou da base do governo, respeito a condição de quem elegeu o governador, mas nós precisamos de uma resposta para a população", cobra Savi.
As declarações do deputado do PR ocorrem na semana em que Silval adiou uma reunião com os deputados estaduais e na véspera das eleições do segundo turno em Cuiabá, onde PR e PMDB estão em acirrada disputa. A Assembleia também deve apreciar na próxima semana se autoriza ou não o Superior Tribunal de Justiça (STJ) a processar o governador devido a denúncias de corrupção da época em que Silval foi presidente da Assembleia.http://www.hipernoticias.com.br/TNX/conteudo.php?sid=169&&cid=20340
“Tem que priorizar ações. Obra você para, estradas conseguem segurar, agora a questão da saúde, educação e segurança não tem como segurar porque mexe com gente”, afirmou o parlamentar, durante entrevista ao vivo para Rádio Sorriso.
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São várias as situações citadas pelo parlamentar que expõem a crise que atinge todas as áreas da gestão pública, exceto a arrecadação.
Os repasses aos poderes constituídos sobre o excedente são constitucionais, mas, conforme Savi, podem esperar até o fechamento do exercício. Recentemente, o governo repassou R$ 35 milhões à Assembleia Legislativa a esse pretexto.
“Nós estamos sem dinheiro para fazer vistoria da Secretaria de Meio Ambiente, que vai nos gerar arrecadação. Em um manejo médio hoje de mil hectares, o Estado recolhe quase R$ 1, 7 milhão. Não estamos pagando lacre do Detran, estamos sendo despejados em pátio por falta de pagamento de aluguel e estamos falando de um órgão que arrecadou este ano mais de R$ 200 milhões”, relata o parlamentar.
“Onde está o dinheiro? Só na folha de pagamento? Aí foge do meu conhecimento, mas logicamente estamos atrás”, se indigna o parlamentar, que integra a base de sustentação do governador Silval.
“Houve um repasse do excedente de arrecadação a todos os poderes, o que é regimental. Agora, o que nós estamos estranhando é que não se paga as contas. E digo que a questão mais séria é a saúde”, relata Savi.
Ele defende que, neste momento, o governo priorize a saúde. “Assim se dará um pouco mais de conforto, um pouco de mais de condições à população ser bem tratada”, defende.
O deputado disse que esteve ontem com o secretário de Estado de Saúde, que fez pagamento de cerca de R$ 27 milhões aos municípios.
Contudo Savi, o montante é considerado pequeno diante dos atrasos. “Tem que repassar para todos municípios porque automaticamente Cuiabá recebe a sobrecarga”, explica o parlamentar.
"Existe hoje um descontentamento muito grande - não da classe política - mais de todo o Estado de Mato Grosso com a maneira como as coisas estão acontecendo nesta administração, sem priorizar, sem um pulso mais forte. Sou da base do governo, respeito a condição de quem elegeu o governador, mas nós precisamos de uma resposta para a população", cobra Savi.
As declarações do deputado do PR ocorrem na semana em que Silval adiou uma reunião com os deputados estaduais e na véspera das eleições do segundo turno em Cuiabá, onde PR e PMDB estão em acirrada disputa. A Assembleia também deve apreciar na próxima semana se autoriza ou não o Superior Tribunal de Justiça (STJ) a processar o governador devido a denúncias de corrupção da época em que Silval foi presidente da Assembleia.http://www.hipernoticias.com.br/TNX/conteudo.php?sid=169&&cid=20340





