Da Redação
O senador Blairo Maggi (PR/MT) evitou polemizar com as críticas do também senador pelo PDT, Pedro Taques, que cobra apuração a respeito do Programa MT 100% Equipado que distribuiu 705 máquinas e caminhões pesados para os 141 municípios de Mato Grosso a um custo de R$ 241 milhões que estaria supostamente superfaturado em R$ 44 milhões. Só que nos bastidores políticos o que não faltou foram farpas pelo posicionamento de Taques que criou constrangimento na campanha de Mauro Mendes a Prefeitura de Cuiabá ao ponto de nenhum dos dois senadores, Blairo nem Taques,
comparecer aos eventos do candidato. "Existem ações demandadas na Justiça que foram provocadas justamente por mim que enquanto governador determinei a apuração e comuniquei o Ministério Público de Mato Grosso das denúncias que havia recebido para que não pairassem dúvidas a respeito da minha conduta enquanto gestor maior de Mato Grosso", disse Blairo Maggi, cobrando também apuração e conclusão para que não fiquem a cada 2 anos, por causa das eleições, utilizando o assunto como forma de desmoralização e ataques pessoais.
Em 2010, os então candidatos ao governo, Mauro Mendes (PSB), hoje aliado de Maggi e candidato a prefeito por Cuiabá e Pedro Taques (PDT), hoje senador, criaram o bordão "MT 100% Equipado, 20% Roubado" numa alusão que Maggi e Silval Barbosa teriam participado do suposto desvio de recursos públicos. Na última segunda-feira, em entrevista a uma rádio da capital, Pedro Taques voltou a cobrar a apuração do Escândalo dos Maquinários e declarou que: "Blairo Maggi tem que explicar sim o Mato Grosso 100% Equipado e 20% Roubado" frisando que a Justiça determinou o bloqueio dos bens de ex-secretários e das empresas fornecedoras do Estado numa demonstração de que houve algo de errado que precisa ser explicado.
"Quanto mais rápido houver uma explicação melhor será para mim. Tenho a tranquilidade e a convicção de que todos os cuidados foram tomados e que se algo de errado aconteceu tem que ser apurado e os responsáveis punidos", disse Blairo Maggi lamentando que este tipo de assunto só apareça a cada dois anos por causa das eleições e dos desatinos que se abatem sobre os candidatos e seus opositores.
O problema é que as críticas de Pedro Taques provocaram mal estar na campanha de Mauro Mendes que tem em Maggi um dos seus maiores apoiadores, o mesmo acontecendo com o pedetista e precipitou o que todos criticam, a antecipação da disputa de 2014 que seria almejada por ambos os senadores. A situação é tão controversa que na mesma entrevista que criticou e cobrou apurações do escândalo, Pedro Taques negou ser candidato ao Governo do Estado no meio da entrevista e ao final admitiu que pode ser candidato, o que acaba gerando mais especulações.





