Falha do TRE-MT na apuração será alvo de ações judiciais


Votos do petista Lúdio Cabral não foram contabilizados na apuração em tempo real

Reprodução
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O advogado Francisco Faiad, que teve candidatura deferida, mas não comunicada pelo TRE
DA REDAÇÃO
A falha cometida ontem (7) pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), durante a apuração dos votos do candidato Lúdio Cabral (PT), terá desdobramentos jurídicos – e, certamente, será objeto de muita polêmica.

A coligação do petista deverá acionar a Justiça Eleitoral e solicitar a recontagem dos votos de todas as urnas da Capital. Além disso, a lisura do processo de totalização dos votos também pode ser questionada judicialmente.
O problema é que o Tribunal Regional Eleitoral não comunicou a Justiça Eleitoral sobre o deferimento da candidatura do advogado Francisco Faiad (PMDB), vice de Lúdio.

"O que foi feito, durante esse intervalo de horas, em que a atualização dos votos foi suspensa?"
Ele havia sido impugnado por meio de uma ação proposta pela chapa de Mauro Mendes (PSB), mas conseguiu reverter o problema, em votação no pleno do TRE, no dia 6 de setembro.

Como a informação, apesar de amplamente divulgada, não foi processada pelo TRE-MT, a apuração do candidato Lúdio Cabral sequer foi iniciada, ao passo que os votos obtidos pelos demais candidatos passaram a ser contabilizados em tempo real.

Dúvidas

Cerca de uma hora após identificar o problema, o TRE decidiu não lançar os novos dados dos demais candidatos, e a contagem passou a ser feita em um sistema de processamento à parte.

Além da falha de comunicação, advogados da coligação petista lançaram suspeitas sobre a lisura do processo, que também deverá ser objeto de ação judicial.

“O que foi feito, durante esse intervalo de horas, em que a atualização dos votos foi suspensa? Se a informação sobre o deferimento da candidatura de Faiad foi amplamente divulgada, há um mês atrás, como explicar que o Tribunal Regional Eleitoral não sabia da mesma, ou se esqueceu de realizar um procedimento tão óbvio, como o de informar a decisão à Justiça?”, questionou um advogado da coligação.