Em debate, Lucimar defende 40 anos dos Campos; Tião e Walace condenam familiocracia


Da Redação
Presente pela primeira vez num debate entre os candidatos a prefeito de Várzea Grande, a ex-primeira-dama Lucimar Campos (DEM) tentou passar a mensagem de que tudo o que existe na Cidade Industrial é fruto das administrações de sua família, especialmente na gestão do seu marido, o atual senador Jayme Campos (DEM). O debate foi realizado durante a manhã de hoje pela rádio Estação VG FM.

Lucimar deu a entender também que o marido, que comandou a cidade durante 14 anos em três mandatos, terá influência na administração municipal. Para ela, as todas as obras realizadas na cidade foram realizadas pela sua família. “Jayme estará ao meu lado na prefeitura para fazer mais pela população. Hoje o que temos é aquilo que ele deixou há oito anos”, assinalou. Lucimar disse que a família tem uma história na vida pública da cidade e que sempre atuou na área social ao lado do marido.
A democrata não se intimidou a debater as críticas dos adversários sobre as administrações passadas e garantiu que o senador a ajudará a trazer recursos para poder realizar grandes obras na cidade. “Jayme trouxe emendas sim para Várzea Grande. Se não foram utilizadas é por falta de certidão de adimplência e também por falta de projetos. Os recursos voltaram para Brasília”, disse.
Entre as propostas para a cidade, Lucimar elencou que pretende num prazo de 100 dias “curar” a Saúde Municipal. Ela explicou que deseja colocar todos os postos de saúde e policlínicas em funcionamento e ainda humanizar o atendimento no pronto-socorro. Na infraestrutura ela pretende asfaltar 300 quilômetros de ruas e avenidas.
Os principais adversários, “Tião da Zaeli” (PSD) e Wallace Guimarães (PMDB), procuraram responsabilizar os democratas pela situação de calamidade que se encontra a cidade. Segundo o prefeito, Várzea Grande ainda paga dívidas contraídas há 30 anos, como o asfalto no bairro Figueirinha e a avenida da FEB.
"Tião da Zaeli" colocou ainda que a cidade não possui asfalto nos bairros. “O que fizeram foi apenas tratamento de superfície para enganar o povo. Asfalto é quando se faz todo o serviço antes, como drenagem”, colocou.
Ele ainda criticou o senador Jayme e o deputado Júlio Campos por falta de emendas ao município. “Para setores como Saúde e Educação não são necessárias certidões. É necessário compromisso dos parlamentares com Várzea Grande”, frisou.
O prefeito ainda destacou que o candidato a vice de Lucimar, o médico Arilson Arruda (PRB), foi secretário de Saúde por 12 anos e pouco contribuiu com o setor. “A maior realização dele como secretário foi construir um hospital particular em Cuiabá”, detonou.
Já Wallace disse que o “legado” da família Campos para a cidade é pequeno em relação ao tempo que estiveram no poder no município. Ele citou que a cidade tem menos de 30% das ruas asfaltadas, e que as que possui asfalto são de má qualidade. Disse ainda que as escolas da cidade estão sucateadas, o que compromete o ensino. “Com mais de 40 anos na prefeitura era para se ter feito mais que o dobro do que existe”, assinalou.
Walace voltou a pregar a tese do alinhamento com os Governos do Estado e Federal. Ele citou que a cidade receberá R$ 800 milhões para obras relacionadas a Copa do Mundo, abriu o Hospital Metropolitano entre outras. “Esta união entre os Governos Federal, Estadual e Municipal é a forma perfeita para tirar Várzea Grande da situação caótica que se encontra”, pontuou.
Os candidatos Edson Ribeiro (PPL) e Miltão Dantas (PSOL) tiveram participação discreta no debate. Ribeiro criticou a atual gestão por não fazer o pagamento de seu salário há seis meses. O prefeito rebateu ao falar que ele responde uma sindicância na prefeitura por não comparecer ao serviço.
Já Miltão pregava a tese de que ele é o único candidato que realmente representa a classe trabalhadora.