Gabriela Sant'Ana
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Os deputados estaduais de Mato Grosso apreciarão na próxima terça-feira (23) o projeto de lei que cria o programa de assistência à saúde proposto pelo Governo do Estado, que trata de um novo modelo para atender os servidores do Estado que optarem pelo descredenciamento do MT Saúde. Os parlamentares, que poderiam ter aprovado o projeto nesta quarta-feira (17), resistem em aceitar o texto com a alegação de que o governador Silval Barbosa (PMDB) não tem cumprido os acordos feitos com a Casa de Leis.
Em sessão nesta quinta-feira (18) o presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD) informou que após reunião no colégio de líderes, os deputados decidiram que primeiramente irão se reunir com o governador para depois apreciar o projeto.
Em primeira votação o novo modelo já foi aceito, mas com o pedido de vistas do deputado Dilmar Dal’Bosco, não pôde ser votado na sessão de hoje e entrará na pauta na próxima, marcada para o dia 23.
“Vamos conversar com o governador e dar a última oportunidade para as coisas começarem a caminhar. Sabemos da agonia dos servidores e estamos com o projeto para ser votado, que se não resolve, pelo menos atenua a o problema. Fizemos um pacto no colegiado de que terça-feira estaremos reunidos com Silval e temos também que respeitar o pedido de vista do deputado Dilmar, que está amparado pelo regimento. Quero pedir desculpa ao servidor, mas não podemos atropelar o colega que acha que deve fazer mudança. Nosso compromisso não é com o governador mas com o Estado”, garantiu Riva.
Silval não transmite firmeza
A deputada Luciane Bezerra (PSB) também usou a tribuna para revelar a insegurança dos parlamentares quanto ao real cumprimento dos acordos firmados com Silval, que não tem sido honrados.
“O (novo modelo) MT Saúde, que já foi aprovado em primeira (votação), mas está em em stand by (em espera) na segunda, porque não estamos sentindo firmeza no Governo na parte de cumprir acordo com os servidores. Esta casa tem sido punida por várias irregularidades, por falta de cumprimento do governo em relação a alguns acordos. Exigimos respeito a esta Casa e a população de Mato Grosso, porque hoje vocês estão acordando confiando na palavra do governador, mas daqui dois meses acontece algum incidente com algum parente que não poderá ser atendido e esta Casa será responsabilizada porque acabou com o MT Saúde”, criticou.
Extinção do MT Saúde
Para a deputada, o governo, que nega a extinção do plano, precisa decidir se o plano será desativado ou não, para que se resolva o problema do servidor, que com o novo modelo a ser votado, tem a opção de deixar o MT Saúde ou migrar para outros três: Unimed, Amil e Sulamerica. Assim como o plano existente e que funcionará em paralelo ao novo, os servidores continuarão a receber subsídio do Executivo.
“O Governo do Estado tem que resolver se ele quer acabar com o MT Saúde, então fala, seja sincero e sim vamos ver o que fazer. Agora esta casa ser responsável por uma ação do governo nós não queremos. Não vamos assumir mais esta responsabilidade. Por isso vamos fazer uma coisa coerente e exigir que o governo cumpra o acordo e que esta Casa depois tenha o poder de também, junto com os servidores, exigir que seja cumprido o acordo. Aqui ninguém é contra o acordo, mas queremos responsabilidade na hora de agir”, finalizou.
